A rede informal,
para Torquato, é aquela que abriga as manifestações
espontâneas dos indivíduos em uma organização
– tais como rumores, boatos ou “fofocas”, que são
disseminados por meio de “grupinhos”.
O
autor explica o surgimento desses rumores e sua difusão interna
assim: uma pessoa encontra-se com outra no corredor da empresa e
inicia conversa. A partir disso, essas duas pessoas encontram outras
três ou quatro, por exemplo, para as quais divulgam o teor
do bate-papo inicial, já com alterações e interpretações
pessoais.
Em
seguida, estas pessoas encontram outras, para as quais a conversa
é reproduzida, com a adição de novos fatos
ou omissão de elementos. Esse processo segue atravessando
diversos grupos, de forma encadeada, gerando uma cadeia de “grupinhos”
– e até que o conteúdo do diálogo inicial
seja substancialmente modificado, transformando-se em “fofoca”.
O fato de
ser transmitido normalmente por meio de conversas realizadas de maneira
informal – no corredor da empresa da empresa, por exemplo –
levou estudiosos, no Brasil, a denominarem esse “meio” de
transmissão do rumor como rádio-corredor (ou rádio-peão)
– no inglês, grapevine.