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Tendo em vista esses objetivos, podem-se encontrar, na literatura acadêmica, diversos conceitos de comunicação empresarial (ou comunicação organizacional). Pimenta (2002) define comunicação empresarial como o somatório de todas as atividades de comunicação da empresa, como atividade multidisciplinar que envolve métodos e técnicas de diversas áreas da comunicação, tais como relações públicas, jornalismo, assessoria de imprensa, propaganda e marketing, dentre outras. Shermerhorn trata de comunicação organizacional como o processo específico pelo qual a informação se movimenta dentro de uma organização e entre a organização e seu ambiente. Por sua vez, Kunsch afirma que a comunicação organizacional, “como disciplina acadêmica, estuda o fenômeno comunicacional do agrupamento de pessoas que integram uma organização e a ela se ligam em torno de uma cultura e de objetivos comuns. Busca compreender todo o sistema, funcionamento, processos, fluxos, redes, barreiras, meios, instrumentos, níveis de recepção da comunicação que é gerada no dia a dia da vida organizacional e as implicações que estão imersas nesse contexto”. Seja qual for a análise empreendida sobre o conceito de comunicação empresarial, uma característica prevalece: a existência de diversos públicos aos quais deve se dirigir. Uma classificação tradicional distingue os públicos de uma grande empresa entre principal (aos quais corresponderiam funcionários, clientes, acionistas e comunidades) e secundário (que incluiria mídia, fornecedores, governo – local, regional e nacional – e credores). No entanto, é importante considerar que a relevância de cada um desses grupos pode mudar com o tempo. Em determinado momento, por exemplo, o governo pode ser um público principal – em uma situação de participação da empresa em uma licitação de grande porte, hipoteticamente. Outro fator digno de nota é o caráter dinâmico dessa situação: às vezes, a empresa dá ênfase a certo público para se aproximar de outro. Argenti cita o caso dos funcionários (público principal), que, quando convencidos da atenção que a organização dá a eles, podem se tornar verdadeiros “embaixadores da marca”, divulgando, fora da empresa, as qualidades dela – e ajudando a ampliar a base de clientes (outro público principal). Cabe ressaltar, por fim, a existência de outros públicos – que não constam do rol acima – e que podem ser relevantes para a empresa em sua estratégia de comunicação, como familiares, aposentados, terceirizados, contratados, consultores, usuários, concorrentes, parceiros, autoridades estrangeiras, comunidade de negócios, associações de classe, instituições de ensino, ONGs, sindicatos, público em geral etc. |
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