A década de 80 vê a comunicação empresarial adquirir status nas empresas e atrair mais profissionais da Comunicação (de jornalismo, relações públicas e publicidade), que, até então, atuavam essencialmente na produção de house organs, na organização de eventos e de campanhas de comunicação internas, e no relacionamento com a imprensa. Apesar disso, havia um sentido de segmentação muito presente ainda, com a separação entre comunicação institucional e comunicação mercadológica.

A segunda metade dessa década viu surgir experiência emblemática na área: a Rhodia, empresa do setor químico, lançou sua Política de Comunicação Social. O sucesso dessa iniciativa deveu-se ao fato de que, até então, nenhuma empresa no Brasil havia sistematizado e tornado público seu projeto de comunicação.

Segundo Nassar e Figueiredo, pela primeira vez, a comunicação empresarial foi concebida como a somatória de ações – sempre integradas – das várias áreas de comunicação da empresa, definindo as suas tarefas e com a preocupação daquela empresa em ordenar a comunicação empresarial.

A partir dali, não existem mais ações isoladas de comunicação. Tudo segue o posicionamento estratégico e mercadológico da empresa.

O case da Rhodia se tornou referência para outras organizações também por estabelecer princípios de transparência e de compromisso aplicados à comunicação empresarial e por tornar a área relevante para o processo de tomada de decisões das organizações.



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