Desse início até o final da década de 60, imperava uma fragmentação completa das atividades de comunicação nas organizações. Como relata Bueno, não existia nas empresas (com poucas exceções), órgão ou departamento que coordenasse os esforços de relacionamento delas com os seus públicos.

Mesmo assim, a criação da Aberje (então, Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresas; hoje, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), em 1967, mesmo que abrangesse a área de edição de jornais e revistas produzidas pelas empresas, ilustra bem o crescimento dessa área no país.

Na década de 70, começa a haver uma maior profissionalização do mercado, especialmente com a entrada de pessoas formadas em Comunicação (recém-egressos da universidade, em função de os primeiros cursos dessa área terem sido criados na década anterior) nas empresas. Como relata o autor, empresas privadas, especialmente de médio e grande porte, começam a criar áreas de comunicação ou a contratar profissionais para exercer atividades específicas.

A década de 80 vê a comunicação empresarial adquirir status nas empresas e a atrair mais profissionais da Comunicação. Apesar disso, havia um sentido de segmentação muito presente ainda, com a separação entre comunicação institucional e comunicação mercadológica.

A segunda metade dessa década viu surgir experiência emblemática na área: a Rhodia, empresa do setor químico, lançou sua Política de Comunicação Social. O sucesso dessa iniciativa deveu-se ao fato de que, até então, nenhuma empresa no Brasil havia sistematizado e tornado público seu projeto de comunicação.

Como assinalam Nassar e Figueiredo, “pela primeira vez, a comunicação empresarial foi concebida como a somatória de ações – sempre integradas – das várias áreas de comunicação da empresa, definindo as suas tarefas” e “com a preocupação daquela empresa em ordenar a comunicação empresarial. A partir dali, não existem mais ações isoladas de comunicação. Tudo segue o posicionamento estratégico e mercadológico da empresa”.



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