O conceito de Schein pressupõe a existência de três níveis segundo os quais a cultura de uma organização pode ser apreendida: artefatos visíveis, valores compartilhados e pressupostos básicos.

Os estudos sobre cultura organizacional ganharam maior visibilidade nos anos 80, devido ao crescimento do número de empresas multinacionais e, em especial, ao predomínio da administração japonesa. Em 1980, foi lançado o livro Culture’s consequences, international differences in Work-Related Values (Cross Cultural Research and Methodology), que deu projeção à linha de estudos comparativos entre culturas de diferentes países. Nessa obra, o autor, Geert Hofstede, apresentou os resultados de pesquisa realizada por ele, em duas fases: na primeira, foram aplicados, entre 1967 e 1973, mais de 100 mil questionários a funcionários (do segmento operacional ao executivo) de 72 subsidiárias da IBM, na segunda, foram feitas entrevistas em profundidade com empregados de unidades localizadas em 10 países.

A partir da análise dos resultados, Hofstede criou um modelo de quatro dimensões independentes, as quais denominou: distância do poder, evitar incertezas, individualismo versus coletivismo e masculinidade versus feminilidade.

Existem diferentes abordagens da cultura nos estudos que se realizam sobre ela. Para cada uma delas, a comunicação desempenha diferentes papéis. Thévenet classifica esses estudos em cinco teorias diversas, oriundas da antropologia: evolução cultural, particularismo histórico, funcionalista, materialismos cultural e idealismo cultural.

A comunicação constitui um dos elementos essenciais no processo de criação, transmissão e cristalização do universo simbólico de uma organização. Nesse sentido, torna-se fundamental mapear o sistema de comunicações da empresa para a efetividade desse processo, por intermédio da identificação dos meios formais orais (reuniões, telefonemas etc.) e escritos (jornais, circulares, memorandos etc.), bem como os meios informais, tais como a “rádio peão”, e do uso que é dado por eles pela organização.

As ações empreendidas pelas empresas, tanto interna quanto externamente, costumam ser eivadas dos valores e princípios caros a elas. Exemplos disso são os patrocínios de projetos culturais e esportivos e os investimentos em projetos de preservação ambiental. Quando investem nesse tipo de iniciativa, as empresas estão comunicando a seus diversos públicos (clientes, fornecedores, funcionários etc.) que esses valores são importantes para elas.



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