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3 – Ciclo de vida da crise Silva Neto sugere a existência de um ciclo de vida da crise, ou seja, as diferentes etapas de desenvolvimento dela. Num primeiro momento, um assunto sensível com potencial de geração de crise é mantido sob conhecimento exclusivo de algumas poucas pessoas na empresa. Num segundo momento, esse assunto, não resolvido, afeta alguns públicos mais próximos; com isso, a organização se vê obrigada a prestar esclarecimentos a agências fiscalizadoras e envolver especialistas e fornecedores na busca de soluções urgentes. Em seguida, outras pessoas começam a ter conhecimento do assunto, que escapa do controle e chega à mídia – que, por sua vez, percebe o valor dessa informação como notícia e a divulga, disparando uma espécie de “gatilho” da crise. Com a veiculação do assunto na imprensa, outros públicos potenciais (como Ministério Público, Organizações Não-Governamentais, políticos, concorrentes) se manifestarão, procurando culpados e atingindo a imagem ou a reputação da empresa. As declarações desses públicos também são divulgadas pelos meios de comunicação, intensificando o impacto da crise. A cobertura da imprensa continuará enquanto houver fatos geradores de notícias. Após isso, a crise tende a ser encerrada ou a ficar latente até ressurgir no futuro – caso as causas não sejam debeladas em definitivo por parte da empresa. O gráfico a seguir ilustra, de forma sintética, essas etapas.
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