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Por outro lado, quando o exercício do poder é considerado legítimo pelos que a ele estão submetidos - isto é, quando as ordens dadas ou as regras estabelecidas obedecem a valores respeitados pelos subordinados -, a submissão será muito mais profunda e eficiente. O subordinado "interioriza" as regras, considerará a disciplina menos alienadora e continuará a seguir regras e ordens quando o poder da organização se enfraquecer ou estiver ausente. É decisivo compreender a natureza do aumento de poder outorgado pela legitimidade. Não aumenta o interesse material do subordinado pela submissão; não torna a ordem ou a regra necessariamente agradável, isto é, satisfatória para o subordinado. Mas satisfaz a um terceiro tipo de necessidade: a necessidade de seguir normas que combinam em vez de entrar em conflito com os valores aceitos. O estudo de Weber sobre a legitimidade introduz uma dimensão inteiramente nova no estudo da disciplina da organização. O autor utilizou os termos PODER para designar a capacidade de provocar a aceitação de ordens; a LEGITIMIDADE para designar a aceitação do exercício do poder, porque corresponde aos valores aceitos pelos subordinados; e AUTORIDADE para designar a combinação dos dois - isto é, o poder que é considerado legítimo.
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