Caminhando no tempo, veremos que, com o advento do Cristianismo, uma nova força político-econômica começa a despontar. O poder do clero passa a prevalecer durante toda a Idade Média e influir não só no modo de trabalhar como no modo de viver. Portanto, nesse período, a Psicologia passa a receber influência do clero que monopolizava o saber e a produção do conhecimento.

Destacam-se Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

Santo Agostinho inspira-se em Platão no que se refere à imortalidade da alma e acrescenta que a alma seria o elemento da ligação do ser humano com Deus. Para ele, além da alma ser a sede da razão também era a prova viva da manifestação divina, por isso a igreja dedica-se a entender os meandros da alma humana.

São Tomás de Aquino surge num momento de transição e conflitos internos na Igreja Católica, quando o protestantismo começa a eclodir como símbolo de resistência, renovação e transformação dos antigos preceitos católicos. A igreja católica começa a ser questionada bem como seus ensinamentos.

São Tomas busca em Aristóteles inspiração para explicar a distinção entre a essência e existência humana, introduzindo o ponto de vista religioso diferentemente da prática filosófica, coisa que o filósofo não faz. Para São Tomás, Deus teria reunido a essência e a existência em termos de igualdade e, ao buscar a perfeição, o ser humano estaria em busca de Deus.

Com esse ponto de vista, procura, em termos racionais, explicar a relação do ser humano com Deus, garantindo mais uma vez o estudo do psiquismo por parte da Igreja, como forma de compreender os mistérios da alma humana nessa relação com Deus.



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