c) Síndrome ou transtorno do pânico

É uma doença grave que limita a vida física e psicológica de seus portadores. É caracterizada por ataques de ansiedade intensa e incontrolável em circunstâncias imprevisíveis. O pânico é um medo infundado, um pavor repentino que se apropria do indivíduo, sem que este tenha condição de controlá-lo.
As crises se manifestam de forma súbita e inesperada, podendo apresentar diferentes sintomas:
- falta de ar, sensação de asfixia;
- vertigem, sensação de desmaio;
- taquicardia;
- tremores;
- sudorese;
- formigamento ou anestesia de membros;
- dor ou desconforto no peito;
- ondas de calor ou calafrio;
- sensação de morte iminente;
- medo intenso de enlouquecer ou cometer ato descontrolado.

O transtorno do pânico é um problema sério de saúde e, atualmente, afeta de 2 a 4% da população mundial na faixa etária entre 24 a 40 anos, em sua maioria mulheres. Isto é complicado para o sistema produtivo, uma vez que atinge as pessoas quando se encontram na plenitude de sua vida profissional.
Em geral, pessoas que apresentam transtornos associados ao estresse, apresentam as seguintes características:
- são muito exigentes com elas mesmas;
- não convivem bem com seus erros;
- não lidam bem com situações imprevistas;
- preocupam-se exageradamente com problemas do dia a dia;
- são altamente produtivas no nível profissional e costumam assumir uma carga excessiva de atividades e responsabilidades.

Esse perfil de personalidade predispõe a pessoa às situações de alto estresse, que levam a um aumento da atividade cerebral. Em consequência, pode ocorrer um desequilíbrio bioquímico que favorece o aparecimento do transtorno. Há que se considerar, também, o fator hereditário, pois a doença ocorre, com maior frequência, em famílias com história da doença.

Outras causas que podem aumentar as alterações cerebrais e levar ao transtorno do pânico são: o uso de anfetaminas, em geral empregadas nos regimes de emagrecimento e das drogas como a maconha, a cocaína e outras.

Uma pessoa que vivencia esse tipo de transtorno sofre muito porque vê toda sua existência modificada com a perda dos relacionamentos, de caráter afetivo e profissional. A tendência das pessoas é o isolamento, procuram ficar protegidas em casa. Evitam, de um modo geral, os lugares públicos e fechados que lhes despertem grande desconforto e causem a sensação de que podem desencadear nova crise. A pessoa desenvolve a chamada agorafobia, o medo de estar em lugares públicos, e passa, com o tempo, a ter "medo de ter medo".

A crise de pânico dura em geral alguns minutos, mas é uma situação tão angustiante que, para a pessoa, parece durar uma eternidade. O tratamento inclui, em geral, medicação indicada pelo psiquiatra e associada ao atendimento de ordem psicológica. A psicoterapia cognitivo-comportamental tem apresentado bons resultados no tratamento desse transtorno. Na terapia, o paciente aprende a lidar com seus limites e adversidades de maneira positiva, buscando harmonia e equilíbrio pessoal.


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