b) Depressão

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Pesquisas recentes têm demonstrado que quase 20% dos funcionários de grandes empresas têm sintomas de depressão em algum momento de suas carreiras. É comum aparecer entre os 25 e os 40 anos, quando, na maioria das vezes, o indivíduo está no auge de sua carreira produtiva. Entende-se por depressão a perda da capacidade afetiva, tornando o indivíduo apático com comportamentos automatizados.

A Associação Nacional de Doença Mental dos Estados Unidos calcula que as empresas americanas tenham um prejuízo em torno de 80 bilhões de dólares anuais com a depressão de seus funcionários.

Os primeiros sintomas da depressão estão associados a um empobrecimento da visão de mundo que o sujeito começa a apresentar.

É muito comum a perda da autoestima, ou seja, o indivíduo não se vê mais como capacitado a desempenhar as atividades que vinha desempenhando. As coisas começam a perder o sentido para ele. Se ele possuía um projeto de vida, não consegue mais se ver naquele projeto. É comum a pergunta: "Para que?" Podem ocorrer pensamentos suicidas, perda de energia, diminuição na capacidade de pensar ou concentrar-se.

Surge um profundo desconforto, há uma tendência ao isolamento e falta de disposição para as atividades mais simples, como tomar banho, pentear-se, alimentar-se. O sujeito tem uma alteração dos hábitos, como passar a dormir horas a fio ou então, ao contrário, dormir uma média de 1 a 2 horas por noite.

É importante que pessoas próximas, quer sejam colegas de trabalho e/ou familiares, estejam atentas para esse comportamento, para que o doente seja orientado a procurar ajuda o mais rápido possível.


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O atendimento inicial e o diagnóstico devem ser feitos por um médico psiquiatra, que prescreve medicação para eliminar os sintomas. É comum a indicação de psicoterapia, em geral feita por psicólogos, para ajudar o paciente na localização e compreensão das causas dos sintomas apresentados.
O perigo de evolução da depressão para quadros mais severos é o fato de ela ser, muitas vezes, confundida com falta de motivação, tristeza, mágoa, etc. O que diferencia a depressão dos quadros de tristeza é a sua duração, que em geral é muito maior e pode não ter causa aparente.
Entre os fatores que podem desencadear a depressão no ambiente de trabalho, citam-se:
- ambiente estressante, trabalho em empresa doente;
- perda de cargos ou funções sem motivo justificável;
- baixa valorização do perfil profissional;
- baixo salário em relação ao mercado;
- alto nível de exigências;
- condições higiênicas inadequadas.

Para os médicos, a depressão tem uma causa bioquímica relacionada à baixa produção de alguns neurotransmissores, principalmente a serotonina que responde pela sensação de prazer.
É importante que, dentro das empresas, existam trabalhos educativos, por meio dos quais sejam disseminadas informações sobre a doença e sobre as formas de prevenção. É muito importante reconhecer os sintomas dessa patologia.

Em geral, o desconhecimento da doença, por parte dos chefes e colegas de trabalho, faz com que eles não entendam nem respeitem o momento pelo qual o colega está passando. Às vezes, na tentativa de dar apoio e ajuda, tentam estimular o colega deprimido a desenvolver atividades, reforçando ainda mais sua incapacidade para coisas que antes eram rotineiras, fáceis e prazerosas.
Segundo a psiquiatria, a depressão pode aparecer de forma isolada ou associada a outros transtornos psiquiátricos como a síndrome do pânico, fobia social, dependência química, etc.


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