Para
Iudícibus e Padoveze, a decisão de comprar ou fabricar envolve
as seguintes variáveis:
Vejamos
um exemplo adaptado de Iudícibus:
A administração
da Industrial Serrana solicitou a opinião do contador a fim de
decidir seria mais vantajoso continuar fabricando uma peça de um
produto seu ou adquiri-la de um fornecedor. O preço de aquisição
desta peça é de $ 469,12. A empresa precisa, atualmente,
de 5.000 unidades de tais peças. Os custos para produzir
as peças estão discriminados a seguir.
Peça XYZ
Quantidade: 5.000
Custos
Materiais
R$ 1.026.200,00
Mão-de-obra Direta
R$ 1.641.920,00
Mão-de-obra Indireta
R$ 351.840,00
Consumo de Energia
R$ 17.592,00
Outros Custos
R$ 32.448,00
Somando
os custos necessários à fabricação das peças
e dividindo pela quantidade produzida, teremos um custo unitário
de R$ 614,00 (valor superior ao preço de aquisição
das peças), mas deveremos analisar outras informações,
a saber:
- possibilidade de redução de custos fixos: os equipamentos
e ferramentas utilizados poderão ser vendidos, caso não
tenham outra utilização no processo produtivo. Isso permitiria
redução de depreciação e seguro. O espaço
físico também pode ser reduzido ou reaproveitado, gerando
também economia de recursos.
- utilização da capacidade ociosa: se a empresa apresenta
grande capacidade ociosa, a alternativa de produzir merece maior atenção
em virtude de possibilitar aproveitamento da capacidade instalada. Caso
contrário, a aquisição permite a liberação
de recursos (mão-de-obra, equipamentos e espaço físico)
para fabricação de outros componentes ou do produto final.
- economia de custos: somente os valores evitáveis (custos evitáveis),
ou seja, aqueles gastos que deixarão de existir quando a peça
deixar de ser produzida, podem ser considerados economia de custos.
- cálculos adicionais por adquirir de terceiros: verificar os
gastos adicionais, como seguro, frete, embalagens, etc.