Essas dificuldades, no entanto, não invalidam as ciências humanas, mas mostram que seu objeto de estudo é diferente do das ciências da natureza.

As Ciências Naturais buscam:


  • a regularidade dos fatos;
  • a universalidade das leis científicas;
  • a "exatidão" dos resultados das pesquisas; e
  • o alcance da maior objetividade e neutralidade possíveis.

As Ciências Sociais se destacam por:


  • aceitação de que os fatos sociais são historicamente determinados;
  • aceitação de pressupostos não verificáveis experimentalmente;
  • compreensão dos fatos por meio da interpretação do seu contexto;
  • utilização de dados qualitativos para subsidiar interpretações;
  • aceitação da intersubjetividade, na impossibilidade da crença na objetividade absoluta;
  • compreensão de que os fenômenos não são apenas regidos por relações de causa e efeito e que o todo não é a simples soma das partes;
  • compreensão da impossibilidade da exatidão científica e aceitação da aproximação como verdade relativa.

Assim, com a construção de métodos que incorporaram as características citadas como, por exemplo, o dialético e o fenomenológico, as ciências sociais puderam transgredir as normas impostas pela visão dominante de ciência e provar que os fenômenos humanos, mesmos destituídos da regularidade dos fenômenos naturais, são dotados de sentido e, consequentemente, passíveis de tratamento científico.



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