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Resumo Reconhecidamente importante às atividades humanas, a ciência não é neutra, pois ela não representa apenas um elemento material ou uma coisa no contexto do processo de produção de mercadorias. Ao contrário, a ciência e, como consequência, a tecnologia, corresponde a uma relação social de produção complexa e permeada de contradições. Ela não é distribuída igualmente entre os diferentes segmentos sociais, assim como está a serviço de quem desenvolve. O ambiente político, social e econômico no qual a prática científica é operada pelos cientistas não reflete uma situação de neutralidade, ou mesmo de simetria social. O desenvolvimento da ciência envolve um complexo processo de ação pessoal e social dentro de organizações públicas e privadas, que atuam em estreita articulação com o ambiente em que está inserida. O conhecimento científico é desenvolvido por cientistas que trabalham em organizações proprietárias dos meios de produção. Os cientistas formam comunidades com regras próprias e fechadas àqueles que não são identificados como cientistas ou não pertencem às chamadas comunidades científicas. A ciência em uso, referenciada por estas comunidades, chama-se de "ciência normal". Os problemas determinantes da prática científica são referenciados pelas estruturas teóricas aceitas e comprovadas pela comunidade científica. As alterações e o estabelecimento de novas teorias operacionais e normativas, pelos denominados "paradigmas", faz-se por "revoluções". Após anomalias e crises, acontece a mudança de orientação da comunidade científica em torno de um novo paradigma e, assim, a ciência se transforma. |
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