Marcos Arruda
Marcos Arruda entende que a globalização tem se pautado
em características competitivas e excludentes. Ele afirma que
o caminho mais indicado para lidar com a globalização
seria partir da diversidade de pessoas, de nações e
de diferentes culturas, construir uma globalidade baseada na complementaridade
de seus componentes. A proposta cooperativa de Arruda tem como princípio
geral iniciar transição para um mundo organizado em
torno das necessidades do ser humano, como o bem estar, a comunicação
e a solidariedade, com a natureza e, com todos os seres.
A globalização, na visão de Arruda (1997) acaba
por impor mudanças dramáticas nas comunidades locais
por forças vindas de cima. O desenvolvimento da globalização
vinda de baixo seria a maior esperança de um mundo mais igualitário,
no qual a economia e a mudança social, não signifiquem
exclusão e empobrecimento de grande parcela da população
mundial. Essa perspectiva, porém, apesar de ser vista como
ideal, torna-se utópica, visto que a cooperação
e interação vindas de baixo não encontram respaldo
no sistema social vigente, em que os interesses do capital são
dominantes.