O processo acelerado da globalização tem transformado o mercado mundial de trabalho, sugerindo mudanças incompatíveis com a estabilidade empregatícia. A política do full employment (emprego pleno) é substituída pela do employ hability (contratação de acordo com as habilidades), num amplo risco de precarização do emprego, seja em nível societário (desemprego), seja no âmbito das empresas (terceirização, contrato temporário de trabalho etc.).

A redução dos empregos também se relaciona com as exigências de formação profissional, tendendo a excluir do mercado formal de trabalho as pessoas que não acompanham o desenvolvimento tecnológico e as mudanças de mentalidade e de comportamento organizacional.

A necessidade de adaptação levou a um enxugamento das estruturas e a novos tipos de relacionamento entre as empresas. Parte dos processos organizacionais foi repassada a outras empresas, por meio da terceirização, de parcerias e de prestação de serviços (por autônomos), visando estruturas organizacionais mais enxutas e eficientes.

Em alguns países em desenvolvimento, como o Brasil, a situação de desemprego é ainda mais grave, pois estão expostos ao desemprego conjuntural, causado pela instabilidade econômica típica desses países, além do estrutural, provocado pela mudança no processo de produção, resultante da substituição das pessoas pelas máquinas e das transformações na organização do trabalho e no gerenciamento da força do trabalho. Além disso, é cada vez mais recorrente a falta de preparo da mão de obra em face dos novos postos de trabalho que estão surgindo.

Assim, empresas de todo o mundo percebem a necessidade de mudar, sob pena de não serem capazes de competir e sobreviver, e sentem os reflexos da globalização e a necessidade de mudança.



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