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setor de pessoas vem sofrendo sérias modificações,
chegando até mesmo a ser extinto em algumas empresas. Nesse ambiente
instável, interna e externamente à organização,
faz-se necessário repensar a área de pessoas e redefinir sua
missão. Toda a antiga filosofia de gestão de pessoal, com
suas ferramentas tradicionais, passa a ser questionada. Gonçalves
(1997) aponta a necessidade de as empresas centrarem-se em processos, com
foco nos clientes e a importância da nova Gestão de Pessoas
visando prepará-las para atuar nesse contexto. O planejamento de
pessoas deverá adequar-se às novas necessidades das organizações,
de flexibilidade e de adaptação às constantes e rápidas
mudanças. Assim, a Gestão de Pessoas parece adquirir características
de staff. Antigos analistas (como de cargos e salários)
tendem a ser deslocados de funções técnicas para consultivas.
A tendência é que o conhecimento de Gestão de Pessoas passe a ser disseminado para um maior número de pessoas dentro da organização, notadamente para os gerentes das áreas funcionais. A função de gerenciamento de pessoal ganha nova perspectiva com a incorporação do instrumental de pessoas pelos gerentes das outras áreas, capacitando-os a desenvolver e utilizar, de forma mais efetiva, as aptidões de seus subordinados, possibilitando a agregação de valor aos processos. Os gerentes precisam desenvolver a capacidade de interpretação do comportamento humano, a fim de compreender a reação das pessoas, especialmente nos momentos de mudança, e saber como utilizar essas informações em tais circunstâncias. Assim, na perspectiva de Gonçalves (1997), a Gestão de Pessoas passa a ser vista, cada vez mais, como uma área estratégica que não deve ficar sob a responsabilidade de um único departamento ou divisão. As políticas de Gestão de Pessoas devem formular um conjunto estruturado de estratégias, programas e instrumentos de gestão integrados entre si e com as demais estratégias da organização. Nessa tarefa, deve analisar o ambiente externo (gestão pública, planejamento, economia e legislação), o ambiente interno (estratégias, processos, qualidade, marketing de produtos e serviços, finanças, custos, gestão de pessoas e de projetos) e as habilidades comportamentais dos gestores (liderança, administração do tempo, de conflitos, formação e desenvolvimento de equipes). |
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