O processo de inovação, muitas vezes, leva à mudança no desenho organizacional (KILIMNIK, 1997) por meio da descentralização produtiva, que permite aperfeiçoamento das atividades e serviços específicos, do achatamento das estruturas hierárquicas, da desintegração vertical, que reduz a cadeia de atividades e da focalização nas competências específicas da empresa, da terceirização. A organização passa a ser orientada para processos (GONÇALVES, 1997), que permitem melhor alinhamento aos objetivos e melhor desempenho para direcionar as atividades, orientando-a para a satisfação das necessidades do mercado e dos clientes. A dependência da estrutura organizacional à estratégia da empresa, que é moldada em grande parte pelas condições do ambiente externo, foi enfatizada ainda por CHANDLER (1990). O processo da formação da estrutura da empresa moderna vai além dessa visão contingencial e implica na interdependência em duas direções que facilitam o processo de aprendizagem organizacional e maior flexibilidade da empresa.

As mudanças afetam a organização e os modos do trabalho. Os princípios tradicionais de Administração, da divisão do trabalho, da amplitude de controle e disciplina e da comunicação formal do papel não atendem mais às características do mundo contemporâneo. A dinâmica mudou, a execução das tarefas individuais transformou-se no trabalho em equipe, ou seja, o subjetivo do trabalhador, sua experiência e visão pessoal passam a ser essenciais para o sucesso da empresa. O tipo do trabalhador Homo faber dá lugar ao Homo sapiens (CARNEIRO, 1995) cuja função não é mais executar, mas pensar. As empresas buscam o novo perfil do seu empregado valorizando os conhecimentos e educação geral, a esfera mais ampla das experiências profissionais e pessoais. A Empresa do futuro necessita dos novos modelos de administração e do profissional com novas competências gerenciais.



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