O taylorismo e o fordismo surgem e se consolidam em uma época na qual a produção em massa é garantida por um mercado apto a absorvê-la como um todo. A grande preocupação dos empreendimentos fabris durante esse período é ampliar as taxas de produtividade e reduzir os custos de fabricação. As indústrias de grande porte estrutural são uma das características desse processo à medida que refletem uma política de
sucesso empresarial calcada na ampliação da produção (CHANDLER, 1976).

A prescrição do trabalho, a fragmentação da tarefa e a mecanização das operações são ferramentas desse sistema fabril que serve tanto para tornar mais dóceis os trabalhadores (FOUCAULT, 1987) quanto para aumento da produtividade. Deixa-se claro nesse processo, que a padronização e a prescrição das tarefas são feitas em um contexto em que poucas mudanças ocorriam no processo produtivo ao longo do tempo. A fragmentação do trabalho se dá de forma que o trabalhador se torna intercambiável, ou seja,
de fácil substituição (FLEURY & FLEURY, 1997). O operário se configura, nessa situação, como um simples executor de tarefas ritmadas e
padronizadas e o trabalho enquadra-se como fonte de sofrimento
patogênico (DEJOURS, 1992).

Segundo HELOANI (1994), entre 1950 e 1960 ocorreu um forte movimento
de organização sindical que refletia o descontentamento do trabalhador em relação ao processo produtivo. Os sindicatos foram responsáveis pela aquisição de muitos ganhos salariais durante esse período.



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