No final da década de 1960, o modelo de produção em massa começou a mostrar evidentes sinais de sua fragilidade. O Estado, não podendo sustentar seus gastos em função da crescente dívida pública e elevação dos salários, estava se tornando um empecilho à competitividade dentro do padrão de contenção de custos. Nesse aspecto, o fordismo-taylorismo apresenta incoerência, pois, ao mesmo que precisa dos salários adequados para a manutenção do sistema, prega a contenção de custos e, dentro desses, a redução dos salários.

Na década de 1970, intensificam-se as iniciativas de automatização microeletrônica das fábricas, mas é na década de 1980 que esse processo se consolida. As máquinas são implementadas para a substituição de tarefas repetitivas e mecânicas que até então eram realizadas pelos operários.

No início da década de 1990, há um recrudescimento do neoliberalismo, tendo como pano de fundo a globalização, os movimentos de qualidade e o aumento da competitividade. O Setor de serviços cresce, absorvendo grande parte da mão de obra que está sendo liberada pelo setor fabril. A mão de obra feminina se insere fortemente no mercado de trabalho. Em decorrência do excesso de trabalhadores disponíveis, os mais velhos e os mais jovens encontram mais dificuldades de inserção no mercado de trabalho, sendo os primeiros considerados como incapazes de se adequar às novas exigências e os últimos inexperientes. Destaca-se o caráter estrutural da crise como evidencia MATTOSO (1995:78).



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