| Autores
como Freyre, Furtado, Holanda e outros (apud SALES, 1994) procuram a explicação
para os padrões que dominavam a sociedade brasileira do século
passado, por meio do resgate histórico do modo de produção
escravista e suas consequências. De forma geral, a explicação
gira em torno da incorporação dos elementos da estrutura escravista,
agrária, assistencialista e oligárquica, ratificando a cidadania
concedida, fruto da cultura da dádiva (mandar/pedir, mando/subserviência, mandar/obedecer, mando/obediência). Essa configuração da cultura política brasileira reforça as desigualdades sociais presentes na nossa sociedade. (SALES, 1994:26) Entendemos que a cultura nacional dá suporte e sustentação para que as instituições criem, modifiquem ou reforcem os valores e símbolos conforme seus objetivos. Por outro lado, adventos como a globalização e a mudança da centralidade do trabalho (como eixo norteador e formador da cultura), possibilitam a coexistência de uma pluralidade de concepções que atribui sucesso às organizações que sabem valer-se da flexibilidade e, assim, criam uma identidade diferente das demais. São essas novas características organizacionais que têm posto em foco a cultura brasileira e, mais especificamente, os valores e símbolos que apregoam como se constituíram e como se inter-relacionam com os demais elementos de seu ambiente. |
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