De acordo com Lapierre (1993), a interioridade é inerente à prática da gestão e aos vários papéis simbólicos que representam as organizações para os indivíduos. O dirigente atua sobre a realidade exterior com base em sua dimensão interior. É na reflexão sobre a sua ação que um dirigente descobre um pouco mais a cada dia os fantasmas inconscientes que sustentam sua visão, sua posição afetiva e seu método de interação na sua prática de direção.

O processo de tomada de decisão organizacional e as práticas gerenciais são envolvidos pela objetividade e pela subjetividade, mesmo que haja uma tendência em negar a interioridade presente nas ações.

No espaço da organização, torna-se imprescindível a adoção de estratégias que disciplinem a força de trabalho. Entretanto, essa disciplina é garantida não mais por ações coercitivas, mas pela “adesão e interiorização de regras (...) [em que] (...) elementos tradicionais de controle estão ultrapassados pela força da adesão do pessoal aos princípios de base da empresa e pela fidelidade com que cada um os aplica”. (Lima, 1995)

Nesse sentido, a educação e a mídia aparecem como principais formas de persuasão.

Na construção da subjetividade, da identidade e, até mesmo da cultura, a mídia é um fator de peso. A velocidade da informação e a força da imagem, que atualmente podem atravessar distâncias em segundos, têm contribuído de maneira cada vez maior para o estabelecimento de padrões de conduta.



Copyright © 2010 AIEC