Descortina-se uma abordagem diferente nas relações de trabalho vividas pelos atores em seu processo quotidiano e no plano representativo institucional. No atual quadro histórico brasileiro, essa abordagem nos remete à questão do Estado, de suas funções e de suas reformulações sócio-econômicas, em seu processo de relação com as empresas e com os trabalhadores. Temas como a privatização do Estado ou sua demissão para utilizar a expressão de BORDIEU (1993), estão na ordem do dia, onde a empresa substitui o Estado, na medida em que os salários indiretos são transferidos da instância distributiva e pública através dos sistemas de benefícios desenvolvidos pelas empresas e custeados pelas transferências fiscais ou outros meios. Veiculando esses benefícios através do sistema gestor, a empresa recupera suas condições de (re) distribuidor da justiça social e reforça a imagem de homem total desenvolvida pelos discursos patronais mais modernos.



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