Resumo

A década de 1970 marca a emergência, no plano mundial, de novas tecnologias e de formas diferenciadas de organização do trabalho nos diversos setores da economia, ocasionando uma modificação nos processos de gestão. Uma série de fenômenos, processos e acontecimentos têm introduzido novos problemas referentes à administração, à sociabilidade, à cultura, ao poder, à política, e especialmente aos processos produtivos, reorientando novas formulações teóricas.

A globalização em seu sentido geral tem se constituído em novo objeto das ciências sociais, vista como o emblema de um paradigma emergente. A sociedade global se apresenta como uma totalidade problemática, complexa e contraditória, aberta e em movimento. Ela é ainda o cenário mais amplo de um desenvolvimento desigual, combinado e incoerente. A globalização não significa nunca homogeneização, mas diferenciação em outros níveis, diversidades com outras potencialidades, desigualdades com outras forças. (IANNI, 1993)

É nesse referencial que podemos entender hoje a transformação e reformulação do setor produtivo. A reestruturação produtiva envolve aspectos referenciados à dinâmica sociais dentro e fora das organizações, novos e distintos processos de trabalho, diferentes formas de pensar, organizar e executar as atividades relacionadas ao trabalho.

No quadro das transformações, quatro aspectos principais desenham com maior nitidez o panorama de nossa construção:

mudança do paradigma taylorista/fordista - uma nova visão social das empresas; a transformação do trabalho em termos de concepção e realização; a emergência de um novo modelo de trabalhador.

O redirecionamento da economia capitalista, na construção de um novo paradigma, em substituição ao modelo fordista, aparece como o primeiro indicador. Em 1984, alguns autores já assinalavam a emergência de um novo processo que se caracterizava: pela descentralização produtiva apoiada sobre a flexibilidade de produção por novas relações entre as empresas, privilegiando a horizontalidade mais que a verticalidade da produção pelo aparecimento de novos modelos de trabalho e de trabalhador.



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