O recrutamento e seleção, além da terceirização (48,14%), passaram por um processo de atualização com a definição de perfis mais adequados à organização, utilização de dinâmicas de grupo e envolvimento ou transferência para o gerente da responsabilidade de seleção do empregado.

Comentários de entrevistados

Treinamento e desenvolvimento mostraram um quadro que se inicia com situação de manutenção da prática organizacional, sem ocorrência de mudanças significativas passando por processos de sistematização mais elaborados, atendimento às especificidades das áreas a adoção do Plano de Desenvolvimento Gerencial até a introdução do autodesenvolvimento. Tais procedimentos indicam uma busca de incorporação na prática organizacional de conceitos de profissionalização e empregabilidade difundidos nos últimos anos. Em termos de dados obtidos, a principal síntese para esta função é a ocorrência da intensificação e de diversificação dos treinamentos nas empresas, e o indicativo de que a área funcional de Treinamento e Desenvolvimento começa a assumir um papel de coordenação.

Comentários dos entrevistados

A avaliação de desempenho revelou facetas diferentes: sistema a ser implantado, procedimento sem respaldo e falho passando por uma reestruturação em que se estabelece uma vinculação com resultados e processo de negociação entre gerente e subordinado. No entanto, segundo dados obtidos pela pesquisa, existem empresas sem um processo formal de avaliação, assim como também foi indicada, com baixo percentual, a ausência de mudanças nessa área.

Comentários dos entrevistados

A área de Cargos, Salários e Carreiras mostra duas situações bem distintas: não existe um plano implantado (refletindo a organização da administração direta do setor público) ou se trata de um modelo totalmente novo, reorganizando os pressupostos básicos da Gestão de Pessoas nas organizações.

Comentários dos entrevistados

A criação de novos benefícios (78,57%) foi praticamente a modificação ocorrida na área de benefícios com a implantação das Novas Tecnologias Organizacionais = NTOs. Esta confirmação contraria dados e expectativas em relação aos objetivos organizacionais de redução de custos e racionalização. Uma mudança observada é a divulgação da ideia de que o treinamento constitui-se em benefício para o empregado porque aumenta sua taxa de empregabilidade e, em decorrência, sua competitividade.

Comentários dos entrevistados

É interessante registrar que, segundo estudo feito por José Pastore (1997) para a CNI- Confederação Nacional da Indústria, as categorias de trabalhadores do setor industrial ampliaram a garantia de benefícios sociais nos contratos coletivos, face às dificuldades para recompor as perdas salariais. O estudo mostra que de 1991 a 1996, o pagamento do auxílio-alimentação aumentou de 10% dos acordos e convenções coletivas para 34%; a assistência médico-odontológica passou de 3% para 11% e o auxílio-creche de 3% para 19%. Pastore lembra que muitas empresas concedem benefícios que não são incluídos nos acordos/convenções, significando que o aumento pode ser maior do que o formalmente registrado.

As mudanças registradas indicam, em muitos casos, mais do que simples impactos das NTOs na Gestão de Pessoas das organizações, são pontas de um iceberg, apontando para uma revisão mais estruturante da prática da Gestão de Pessoas.



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