Percebe-se dessa forma, um rearranjo nesse caso estratégico, na alocação da força de trabalho nas organizações. Cada elemento do processo passa a ser dependente dos outros, mas ao mesmo tempo avaliador e controlador dele próprio e dos outros. Na mesma lógica, a prática de um espaço mais participativo e compartilhado favorece uma internalização de valores e princípios desejáveis ao sistema, mas que também responde a uma demanda social e a uma questão de modernidade, produzindo em acréscimo, resultados em termos de produtividade bastante diferenciados.

Nessa perspectiva teórica e prática, também passa ser considerada a questão essencial para a gerência: a questão da cooperação. Ou como SAUSSOIS (1998) recoloca: como fazer para organizar e conduzir uns e outros a fim de que as coisas se façam? Desde a época de Mary Parker Follet, no início do século XX, a resposta está na capacidade de se fazer as coisas em comum e com a equipe.

Dessa forma, o arranjo gerencial só pode acontecer com o rearranjo da gestão das pessoas. Além da decisão política para a reorganização da função gerencial, algumas questões não podem deixar indiferentes professores, pesquisadores, consultores, gerentes, estudantes e profissionais da área para essa reestruturação.

CARVALHO (1995) ao colocar que os gerentes são, em essência, os verdadeiros gestores das pessoas, observa que “sua visão do indivíduo, seus modelos do homem condicionam suas ações...” [e] ” ... se quisermos obter mudanças significativas no comportamento gerencial precisamos modificar suas concepções.”



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