As pesquisas realizadas por Fauze Mattar mostraram que a sua proposta de classificação social era bem mais estável do que a formulada pela ABA-ABIPEME em 1991. Porém, a própria Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) e ANEP (Associação Nacional das Empresas de Pesquisa de Mercado), com a participação da Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado (Abipeme), realizaram levantamentos socioeconômicos, em 1993 e em 1997, com o objetivo de medir mais adequadamente o poder aquisitivo do consumidor. Os critérios para a classificação social do país foram revistos, passando-se a adotar, a partir de primeiro de agosto de 1997, o Critério Brasil.

A classificação socioeconômica do Critério Brasil manteve-se estratificada em cinco classes sociais, porém, as duas de maior poder aquisitivo (“A” e “B”) foram subdividas, formando-se, portanto, sete possíveis grupos: “A1”, “A2”, “B1”, “B2”, “C”, “D” e “E”. A subdivisão das duas primeiras classes foi feita para possibilitar classificações mais sutis, uma vez que muitas empresas atendem apenas a essas classes e gostariam de poder conhecer de maneira um pouco mais detalhada o comportamento de seus consumidores de acordo com a classe socioeconômica.

Assim como acontecia no Critério da ABIPEME de 1991, o Critério Brasil também tinha seu sistema de pontuação baseado na posse de bens de consumo duráveis, instrução do chefe da família e outros fatores, como a presença de empregados domésticos. A necessidade de reformulação do critério decorreu do aumento do poder aquisitivo das classes mais baixas verificado nos últimos anos, principalmente após o Plano Real, que gerou um deslocamento da pirâmide social brasileira em direção ao topo. Essa mutação foi percebida pelo aumento da posse de bens duráveis, que é a principal base para a aferição dos critérios de classificação social.

O Critério Brasil serviu, portanto, para atualizar a distribuição da população brasileira por classes, representando mais adequadamente o potencial de consumo de cada estrato da sociedade.

CRITÉRIO BRASIL – 1997








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