Os objetivos do Critério Brasil eram vários, a saber:

a) ter um sistema de pontuação padronizado que seja um eficiente estimador da capacidade de consumo;
b) discriminar grandes grupos de acordo com sua capacidade de consumo de produtos e serviços acessíveis a uma parte significativa da população
c) classificar os domicílios, assumindo, como pressuposto, que a classe é uma característica familiar;
d) utilizar informações objetivas e precisas de fácil coleta e operacionalização;
e) obter com o Critério uniformidade geográfica e estabilidade ao longo do tempo.
Como havia ocorrido anteriormente, observou-se que era necessário não só realizar revisões no Critério Brasil de 1997 (como foi feito em 2002 e em 2005/2006), mas criar um novo Critério. Assim, a ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa desenvolveu o Critério Brasil 2008. A construção do Sistema de Pontuação adotou a mesma metodologia utilizada para o critério de 1997, construído por análise de regressão da renda familiar em função da posse de itens e da escolaridade do chefe da família.

Os dados utilizados foram os do Levantamento Sócioeconômico da edição 2005, do IBOPE Mídia. A amostra foi de 11.000 domicílios distribuídos por 9 regiões metropolitanas: Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. O Critério de 2008 foi baseado no nível de instrução do chefe de família, no sistema de pontuação com 9 itens (um a menos do que no Critério Brasil 1997). O sistema de corte das classes sociais a partir da pontuação dividiu a classe “C” em “C1” e “C2”, pois como a classe “C” está cada vez mais no mercado de consumo, a segmentação da mesma passou a ser uma demanda do mercado.



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