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A Construção dos Critérios de Classificação
Socioeconômica
A Construção de um Critério de Classificação envolve duas tarefas independentes: (a) desenvolver um sistema de pontuação, de modo que o número de pontos de um domicílio por este sistema esteja fortemente associado à capacidade de consumo do mesmo; e (b) estabelecer pontos de cortes para segmentação em classes. Embora haja muitas críticas ao sistema de pontos atribuídos a itens, esse sistema tem se mostrado mais simples e menos sujeito a erros do entrevistador que outros sistemas, como o de árvore utilizado no México ou itens muito subjetivos como a “qualidade da construção” utilizado na Colômbia, por exemplo. É importante entender que o Critério Brasil não tem a pretensão de identificar grupos de indivíduos raros na população. As metodologias de amostragem de tais grupos são diferentes e exigem uma abordagem diferente do problema. O Critério Brasil busca abranger apenas os indivíduos que estão dentro de padrões determinados. Claro que se fossem incluídos mais itens, poder-se-ia determinar as classes com maior precisão, porém, cada pergunta colocada no questionário tem um custo e o número de itens do Critério deve ser o menor possível para não encarecer demasiadamente a pesquisa. Também é importante compreender que embora contenha itens de natureza social, como grau de escolaridade, todos os itens do Critério Brasil são utilizados apenas como indicadores da capacidade de consumo. Os próprios formuladores do Critério admitem que não há pretensão de atribuir a ele qualquer caráter sociológico. A respeito da uniformidade
geográfica, é preciso considerar que em um país com
dimensões continentais, como o Brasil, é impossível
garantir perfeita uniformidade geográfica, mas as equipes responsáveis
pela formulação dos critérios buscam evitar itens
em que haja grande disparidade entre regiões por motivos alheios
à capacidade de consumo. Por exemplo, ar condicionado é
usado mais em função do clima do que da capacidade de consumo. |
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