Em relação às escolhas dos bens que entrarão no cálculo da classe social é muito comum ouvir perguntas do tipo: por que o computador ou um iPOD não fazem parte do critério? Sem dúvida, a inclusão da posse de itens de conforto doméstico como principal aspecto no cálculo do Critério leva-o a se desatualizar rapidamente. Porém, em função do desenvolvimento tecnológico, alguns itens se desatualizam mais rapidamente que outros. Os itens que ainda estão em fase de rápido crescimento no mercado (como telefone celular) ou fortemente ligados à cultura e ao estilo de vida (como computador, internet) introduziriam grande instabilidade no Critério. Um Critério que tenha que ser atualizado com grande frequência perde em padronização.

A respeito dos pontos de corte, deve-se registrar que não existem cortes naturais na distribuição de renda, portanto, não existe uma única técnica para encontrar os cortes que possam ser chamados de “corretos”. Assim, o corte é feito segundo uma questão de conveniência do usuário. Por isso que anteriormente adotavam-se cinco classes sociais, as quais foram ampliadas para sete e agora para oito classes, no caso do Critério Brasil 2008, que subdividiu a Classe “C”.

Uma pergunta bastante comum é se os cortes obedecem ao critério de renda média familiar. Na verdade, as rendas vão mudando e o critério tem uma durabilidade maior. Porém, a título de curiosidade, apresentamos as classes do Critério de Classificação Econômica Brasileiro de 2008 de acordo com os valores de renda média familiar dos dados do Levantamento socioeconômico - LSE do IBOPE em 2005.




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