A pesquisa com amostra por quotas apresenta a dificuldade de se conseguir a proporção de cada célula, ou seja, “bater a quota” como chamam os institutos de pesquisa.


“Bater a quota” significa conseguir o número exato de representantes para cada uma das células estabelecidas no desenho amostral. Assim, em uma pesquisa com 100 consumidores, o entrevistador poderá ter que atender a 4 características controladas na amostra. Nesse caso ele recebe a incumbência de realizar as 100 entrevistas, divididas de acordo com as seguintes quotas:

O entrevistador precisa, portanto, não só aplicar 100 questionários, mas seguir rigorosamente as quotas que lhes foram passadas. Assim, para cada pessoa que ele pesquisar, irá anotar na folha de quotas a faixa etária, o sexo, a escolaridade e a classe social. Naturalmente que cada uma das quotas (a faixa etária, o sexo, a escolaridade e a classe social) totaliza 100 entrevistados, pois este é o número definido para o tamanho da amostra. Digamos que o entrevistador já tenha realizado 99 entrevistas e falte apenas uma para terminar seu trabalho. Ele consulta a sua folha de quotas e observa que a pessoa que está faltando deve ter de 36 a 45 anos, do sexo feminino, com 1º grau e da classe social “A”. O entrevistador precisa, então, procurar por uma pessoa que preencha a todos esses quesitos, pois, do contrário, não terá “batido” corretamente a sua quota.

Um dos problemas da amostra por quotas é que, se houver muitos estratos (por exemplo, muitas faixas etárias), pode ocorrer que a quantidade em cada estrato seja muito pequena, o que aumenta consideravelmente a possibilidade de viés nos resultados. Contudo, como a amostra por quotas é não probabilística, ela não precisa ser representativa do universo.



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