O clima para a realização de entrevistas em profundidade deve ser informal, pois o entrevistado não deve sentir que está em um interrogatório.

É preciso que o pesquisado conheça os objetivos da pesquisa e concorde em participar, do contrário, ele dificilmente se sentirá à vontade para expor suas opiniões e ideias.

As entrevistas em profundidade podem ser gravadas em sistema de áudio (deve-se evitar o vídeo que causa constrangimento excessivo aos pesquisados), desde que o entrevistado concorde. É importante explicar que a fita gravada será apenas para registro e que ela não será mostrada para ninguém, sendo utilizada apenas pelo(s) pesquisador(es). Se o entrevistado não concordar com a gravação, o entrevistador deverá anotar os depoimentos exatamente da forma como foram apresentados. Ao final da entrevista, o entrevistador deve ler, para o entrevistado, todas as anotações que fez, para que haja oportunidade de corrigir ou explicar qualquer ponto que não tenha ficado bem entendido e também para que ele fique tranquilo em saber que suas opiniões e ideias foram fielmente registradas.

A entrevista em profundidade é muito interessante como checagem de dados obtidos em pesquisas quantitativas, pois, nesse caso, pessoas da própria população pesquisada podem explicar as razões que veem para os resultados obtidos, pois como eles estão inseridos no contexto, geralmente compreendem melhor os fenômenos. A entrevista em profundidade também é a técnica ideal para os casos em que a amostra é composta de formadores de opinião, pois as ideias e opiniões desse público necessitam ser colhidas minuciosamente e nem sempre eles dispõem de um horário em comum para participar de entrevistas coletivas, como é o caso do grupo de discussão.



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