A observação participante é uma técnica qualitativa em que o pesquisador entra no ambiente a ser pesquisado não apenas como quem o observa e investiga, mas com o intuito de vivenciar a prática que ele busca entender. Portanto, a observação participante se caracteriza pelo fato de o pesquisador interagir com os sujeitos pesquisados no meio desses, no qual o objetivo é realizar uma coleta de dados sistemática e planejada, mas que não desperte uma reação nos pesquisados. Nas pesquisas organizacionais, a observação participante é comumente utilizada para observar a rotina de um dia de trabalho; o tom das conversas e da vida social; estilos de liderança dentro de uma determinada cultura organizacional; a existência de amizades e hostilidades, de simpatias e antipatias entre as pessoas etc. Em pesquisas de marketing, a observação participante é comumente utilizada para verificar como se dá um processo de compra, o que os consumidores avaliam na hora de comprar, quanto tempo demoram a decidir, etc. Também é usada para avaliar o trabalho da força de vendas ou da equipe de atendimento ao consumidor, quando o pesquisador se faz passar por um cliente.

A pesquisa-ação se assemelha bastante à observação participante, porém, nela, o cientista social não busca apenas a investigação, ele se posiciona como agente de mudança. A pesquisa-ação contribui tanto para o desenvolvimento da ciência social como para a empresa que se encontra com uma situação problema. É comumente empregada pelas empresas de consultoria organizacional que, ao realizar o diagnóstico, já estão envolvidas no processo de mudança. Porém, ao contrário do que ocorre em algumas consultorias, a pesquisa-ação não envolve um “pacote” previamente planejado – as ações são específicas com base em problemas também específicos que vão sendo encontrados ao longo do processo. A pesquisa-ação envolve a avaliação de resultados como base para diagnósticos posteriores e enfatiza o treinamento do cliente, habilitando-o a perceber e solucionar problemas e processos.

A análise de conteúdo compreende um conjunto de técnicas de comunicação, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do teor das mensagens. A análise de conteúdo tem origem histórica na Antiguidade, tendo sido precedida pela retórica e pela lógica como práticas de tratamento de discurso. Conceitualmente, pode-se dizer que a análise de conteúdo é um tipo de interpretação que ultrapassa o nível do senso comum e do subjetivismo - oscilando entre a objetividade dos números e a fecundidade da subjetividade. A análise de conteúdo pode ser feita em textos organizacionais, normas, documentos, biografias, entrevistas e propaganda. Ultimamente, tem sido considerada como uma técnica de tratamento dos dados de pesquisas qualitativas.



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