Há que se distinguir o estudo de casos do estudo comparativo. O estudo de casos se propõe apenas a investigar dois ou três casos, enquanto o estudo comparativo pressupõe que as variáveis pesquisadas sejam as mesmas para que se possa realizar uma comparação dos dados obtidos em cada um dos casos. Por esse motivo, quando se realiza um estudo comparativo, é necessário que os objetos escolhidos como “casos” possam ser comparados, para que não se estejam comparando laranjas com bananas. Ou seja, não se pode comparar, por exemplo, as estratégias de inovação de produto de uma instituição financeira com uma indústria de fabricação de plásticos ou de remédios. A legislação, a natureza das pesquisas de desenvolvimento de novos produtos e mesmo a demanda do público consumidor de cada um dos produtos e serviços dessas organizações faz com que as estratégias de cada uma sejam absolutamente distintas, o que dificulta a realização de um estudo comparativo. Assim, se uma indústria farmacêutica quer realizar um estudo comparativo de suas estratégias de inovação de produto, precisará pesquisar outras indústrias do mesmo ramo para que a comparação possa fazer sentido.



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