3 - Correção monetária

São notórios os efeitos da desvalorização da moeda sobre os valores expressos pelas demonstrações financeiras, visto que refletem os registros dos fatos na data em que ocorrem, efetuados pela contabilidade em moeda corrente do País.

Um ativo adquirido, por exemplo, em 31 de março de determinado ano por R$ 1.000,00, se tivermos uma taxa de inflação de 5% ao mês (o que corresponde a 55% nos nove meses seguintes) estará registrado no BP, em 31 de dezembro, pelos mesmos R$ 1.000,00.

Entretanto, é provável, embora não absolutamente certo, que seu valor estará mais próximo de R$ 1.550,00, pois: R$ 1.000,00 x 1,55 = R$ 1.550,00.

Assim, teríamos no BP um bem subavaliado, embora a entidade não tenha sofrido nenhuma perda.

Por outro lado, uma duplicata a receber no prazo de 30 dias, emitida em 31 de março, no valor de R$ 500,00, quando do recebimento terá um valor real de R$ 476,00, se descontada a inflação de 5% no mês. Aqui a organização sofreu uma perda real.

Caso se tratasse de uma duplicata a pagar em 30 dias, no valor de R$ 800,00, emitida também em 31 de março, quando do pagamento seu valor real seria de R$ 762,00, tendo ocorrido um ganho para a entidade pagadora.



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