3 - EBITDA


EBITDA, sigla em inglês para Earning Before Interest, Taxes, Depreciation, Depletion and Amortization, no Brasil, geralmente, é traduzido por Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciações, exaustões e Amortizações – LAJIDA.

Trata-se de uma ferramenta criada com a pretensão de indicar a capacidade de um empreendimento gerar lucro operacional.

O lucro operacional é calculado a partir da Demonstração do Resultado do Exercício, que será ajustada com a finalidade de destacarmos o lucro sem a influência do resultado financeiro (juros), das depreciações (que não representam sacrifício financeiro) e dos impostos sobre o lucro. Deve também ser desconsiderado, o resultado com a equivalência patrimonial, pois assim como as depreciações, afetam o resultado (lucro), mas não possuem reflexo no caixa.

Pela simples descrição do EBITDA pode-se observar que o valor por ele expresso não condiciona o resultado líquido da empresa. Ou seja, uma empresa pode apresentar prejuízo líquido do exercício, embora com EBITDA positivo.

Tomemos como exemplo, uma empresa que tenha, de forma simplificada, as seguintes demonstrações:

Demonstração de Resultados
2006 (R$)
Vendas
1.000.000
CMV
(700.000)
Lucro bruto
300.000
Despesas Operacionais
(200.000)
Despesas com Depreciação
(50.000)
Receita financeira
10.000
Despesas financeiras
(20.000)
Lucro antes dos tributos
40.000
IR+CSLL
(8.000)
Lucro líquido
32.000

Ajustando a DRE para cálculo do EBITDA (LAJIDA)

Demonstração de Resultados
2006 (R$)
Vendas
1.000.000
CMV
(700.000)
Lucro bruto
300.000
Despesas Operacionais
(200.000)
EBITDA (LAJIDA)
100.000
Depreciação
(50.000)
Receita financeira
10.000
Despesas financeiras
(20.000)
Lucro antes dos tributos
40.000
IR+CSLL
(8.000)
Lucro líquido
32.000


Pela análise do EBITDA (LAJIDA) observamos que, apesar de um lucro líquido de R$32.000, a empresa gerou um fluxo de caixa operacional de R$100.000.

Comparando-se o EBITDA com as despesas financeiras, verificamos que o resultado operacional é cinco vezes superior às despesas financeiras, o que permite avaliar a capacidade da empresa em remunerar, em termos de caixa, os recursos de terceiros.



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