As informações processadas e armazenadas nas organizações,
além de serem fundamentais ao seu funcionamento e gestão,
podem ser confidenciais de cliente. Nesse caso, um esforço
dobrado deve ser envidado em questões de segurança.
Um exemplo disso é o caso de informações bancárias
de clientes: o saldo de clientes não pode ser acessado por
pessoas não autorizadas, que podem planejar ações
com base nessa informação – de estelionato a sequestro.
No caso de um hospital, por exemplo, o sistema contém todo
o acompanhamento do paciente. É crucial que somente pessoas
relacionadas com a efetiva prestação do serviço
médico acessem o sistema e atualizem as informações.
Um caso verídico de falta de segurança nas informações
– especificamente no tráfego via correio eletrônico
– é o do laboratório farmacêutico Eli Lilly.
O site www.ITWeb.com.br publicou em 2001 o caso do laboratório,
que, inadvertidamente, no início de julho de 2001, divulgou
os endereços eletrônicos de alguns pacientes com depressão,
bulimia ou desordem obsessivo-compulsiva. Isso ocorreu devido a uma
mensagem de 27 de junho, que listava os endereços eletrônicos
de cerca de 600 pessoas que assinaram um serviço de Internet
da empresa que enviava mensagens para que as pessoas se lembrassem
de tomar o antidepressivo Prozac.
Ao longo dos últimos dois anos, as mensagens foram dirigidas
apenas aos indivíduos. Em junho daquele ano, foi enviada uma
mensagem aos participantes - por causa de uma falha de programação,
com todos os endereços eletrônicos - anunciando o fim
do programa. Foi prejudicada a imagem da empresa, que está
respondendo a diversos processos judiciais. O transtorno poderia ter
sido evitado se um mecanismo de segurança averiguasse as operações
via correio eletrônico.
“A segurança é um processo. Pode-se aplicar o processo
seguidamente à rede e à empresa que a mantém e,
dessa maneira, melhorar a segurança dos sistemas. Se não
se iniciar ou interromper a aplicação do processo, sua
segurança será cada vez pior, à medida que surgirem
novas ameaças e técnicas.”
Wadlow (2000).
As empresas possuem variados sistemas de informações que
executam funções vitais para seu processo administrativo.
Esses sistemas operam nas áreas de contabilidade, financeira,
de controle de material, de produção, de recursos humanos,
de faturamento, de atendimento ao cliente, entre outras, exercendo atividades
em praticamente todos os setores. Assim, a empresa mantém uma
relação de dependência grande com os serviços
prestados por seus sistemas de informação.
As informações
processadas e armazenadas constituem um bem precioso da organização,
pois além de servirem ao funcionamento e à gestão
da empresa, dizem respeito a aspectos
confidenciais de clientes e da própria empresa. Por isso
é tão importante a proteção dessas informações
contra eventuais danos ou para evitar o acesso por pessoas alheias aos
interesses da empresa.