O desastroso conceito de custo da qualidade - Uma explicação clara sobre a relação entre qualidade e produtividade foi dada pelo Dr. Yoshikash Tsuda, da Universidade Rykkio, de Tóquio, que, em carta remetida de São Francisco, em 23 de março de 1980, escreveu:

"Acabo de passar um ano no hemisfério norte, viajando por 23 países, onde visitei inúmeras fábricas e conversei com muitos industriais. Na Europa e nos Estados Unidos, as pessoas estão atualmente muito interessadas no custo da qualidade e em sistemas de auditoria de qualidade. No Japão, porém, continuamos a cultivar grande interesse pela melhoria da qualidade, empregando métodos que você nos ensinou. Ao melhorarmos a qualidade, também melhoramos a produtividade, como você nos disse, em 1950, que aconteceria".

"Com isto, o Dr. Tsuda afirma que a indústria ocidental se satisfaz em melhorar a qualidade até o ponto em que os resultados financeiros perceptíveis comecem a lançar dúvida sobre o benefício econômico de melhorias ulteriores. Como perguntou alguém: Até onde podemos reduzir a qualidade sem perder clientes?"

“Esta pergunta comporta, em poucas palavras, uma incompreensão descomunal. Demonstra a falta de entendimento típica da gerência nos Estados Unidos. Os japoneses, ao contrário, seguem em frente no aprimoramento do processo, sem se importarem com números. Dessa forma, aumentam a produtividade, diminuem custos e conquistam mercados."

"As empresas que buscam a qualidade têm conseguido também elevados índices de produtividade. Este fato tem sido de difícil entendimento para o empresário cujo controle da qualidade é baseado em inspeção, pois, neste caso, quanto mais severa for a inspeção, maior a segregação de produtos defeituosos e melhor será a qualidade, mas menor a produtividade. Como o controle de qualidade no conceito de Qualidade Total é centrado no processo, que é gerenciado com o objetivo de não produzir defeitos, resulta em: quanto melhor for a qualidade, maior será a produtividade". (Deming, 1989)



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