Resumo

Qual a natureza dos investimentos no ativo permanente de uma empresa? Entende-se como aplicação com maturação de longo prazo. Logo, se o uso é de longo prazo, a fonte também deveria ser de longo prazo.

As empresas, em média, operam com mais de uma fonte de capital: além de recursos próprios, demandam também, recursos de terceiros. Todo investimento de longo prazo traz em seu bojo a probabilidade de insucesso: o risco de a empresa não cobrir os seus custos operacionais, isto é, operar com margem operacional negativa e, também, o risco de a empresa ficar inadimplente e não honrar compromissos financeiros, isto é, não pagar o principal mais encargos dos recursos tomados junto a terceiros.

A primeira fonte estudada refere-se as ações ordinárias, título de participação negociável, que representam parte do capital social de uma sociedade anônima e gozam, em toda a plenitude, dos direitos de participação na administração da sociedade e nos seus resultados financeiros.
O custo de capital da ação ordinária,
ks, é o retorno exigido sobre a empresa pelo acionista comum. Duas técnicas se destacam para o cálculo do custo de capital da ação ordinária: o modelo de avaliação de crescimento constante, também conhecido por modelo de Gordon e o modelo de precificação de ativo – CAPM.

A primeira técnica supõe que o valor da ação seja igual ao valor presente do fluxo de todos os dividendos futuros (esperando-se que eles cresçam a taxas constantes), em horizonte de tempo infinito.

O CAPM difere do modelo de Gordon. Aquele, considera diretamente o risco da empresa, refletido pelo beta; este, não leva em conta o risco. Ao invés, utiliza o preço de mercado, P0, como reflexo da preferência risco-retorno esperado pelos investidores no mercado.

Outra diferença reside no fato de que, quando o modelo de avaliação de crescimento constante é usado para encontrar o custo da ação ordinária, pode facilmente ser ajustado, aos custos de subscrição e colocação, para achar o custo de novas ações ordinárias. O CAPM não fornece tal mecanismo simples de ajustamento. A dificuldade de ajustar o custo da ação ordinária, calculado pelo CAPM, para custos de novas ações, origina-se do fato de que o modelo não inclui o preço de mercado, P0, uma variável necessária para efetuar tal ajuste.



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