Suponha a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), atualmente a empresa líder no ramo de supermercados no Brasil, a rede de supermercados Pão de Açúcar e hipermercados Extra. Em seu balanço encerrado em 31/12/2002, a CBD apresentou um lucro líquido de R$245 milhões. Desses, R$59,441 milhões foram distribuídos aos acionistas na forma de dividendos; o restante deverá ser incorporado ao capital social da empresa. Logo, a retenção do lucro líquido durante o exercício social de 2002 alcançou 75,75%.

O que leva os acionistas, no caso da CBD, a aceitar o recebimento em dinheiro, de 24,25% do lucro liquido de determinado exercício?

Entende-se que o acionista, ao tomar essa atitude, opera com a certeza de que os 75,75% deixados na empresa deverão gerar rendimento, ou retorno mínimo, idêntico a outro tipo de ativo de mesmo nível de risco, oferecido pelo mercado. Na verdade, os lucros retidos correspondem ao custo de oportunidade suportado pelos acionistas.

Para a empresa, o efeito da retenção de lucros corresponderia ao de nova emissão de ações, totalmente integralizada; porém, sem nenhuma das despesas decorrentes nas operações de underwriting.

Logo, o custo dos lucros retidos, kr, deve ser igual ao custo das ações ordinárias já existentes, ks.