Solução 9 9a) carteira composta por 60% da Coca-Cola e 40% da Texas Você poderia calcular o desvio-padrão da carteira a partir da covariância, para tanto se faz necessário calcular a covariância: CovCoca-Cola,Texas
= 0,28 x 0,36 x 0,22
Calcular a média ponderada dos desvios-padrão dos títulos individuais: MPDP = (0,6 x 36)
+ (0,4 x 22) Logo, 25,50% < 30,40%, qual a causa? O fato de o coeficiente de correlação linear ser < +1,0. 9b) Cálculo da carteira de variância mínima, também conhecida por carteira de menor variância. Nós iremos operar, na verdade, a carteira de menor desvio-padrão. Para encontrarmos a carteira de menor desvio-padrão, devemos primeiro calcular o peso de cada um dos ativos na carteira: Fórmula geral: wX = ( Para o nosso exemplo temos: wCoca-Cola
= ( wCoca-Cola = 19,62% Como o somatório dos pesos tem que ser igual a 1,0 ou 100%: wTexas = 1,0 –
0,1962 Portanto, a carteira com menor variância será composta por 19,62% da Coca-Cola e 80,38% da Texas. Retorno da carteira de menor variância: Desvio-padrão da carteira:
O que significa a carteira de menor variância (na verdade a carteira de menor desvio-padrão, porque se fossemos calcular a carteira de menor variância o valor encontrado seria = 0,20802 = 0,043264)? O desvio-padrão e a variância da carteira de dois ativos é uma função da correlação entre os retornos dos dois ativos. Quanto maior a correlação dos retornos entre os dois ativos, menor o benefício da diversificação. A carteira de menor variância é uma carteira que funciona como uma espécie de divisor de águas. Por quê? Neste exemplo, qualquer carteira com retorno superior a 14,55% irá apresentar desvio-padrão da carteira > 20,80%. Por sua vez, qualquer carteira com retorno < 14,55% irá apresentar desvio-padrão da carteira > 20,80%. Neste exemplo, investidores com maior aversão ao risco irão escolher a carteira de menor variância. Na medida em que carteiras formadas pelo par de ativos composto pela Coca-Cola e pela Taxas Utilities, se afastarem da carteira de menor variância, menor será a aversão ao risco, porque o investidor irá aceitar risco esperado maior, porém, com retorno esperado também maior. Nenhuma carteira abaixo da carteira de menor variância seria escolhida, porque seria um comportamento irracional do investidor: aceitar carteira com risco esperado maior e retorno esperado menor que o da carteira de menor variância não faz qualquer sentido. Não esqueça que estamos supondo que o nosso investidor típico é uma pessoa com aversão ao risco. Mais uma vez você deve estar observando que existe uma preocupação com a aversão ao risco. Quanto maior a aversão, menor será a vontade por parte do investidor em se expor ao risco. Por outro lado, quanto menor a aversão ao risco, maior a disposição para correr risco, no entanto, maior também será a exigência de maiores retornos. 9c) Coca-Cola: retorno esperado = 25%; desvio-padrão esperado = 45%; Texas Utilities: retorno esperado = 12%; desvio-padrão = 22%. Coeficiente de correlação = 0,20. Retorno esperado da carteira será o mesmo, logo: Desvio-padrão da carteira:
Carteira de menor variância, na verdade de menor desvio-padrão: wTexas
= ( wTexas
= 87,30% Retorno da carteira
de menor variância: Desvio-padrão
da carteira:
Observamos que a nova situação proposta pelo autor deste exemplo, Damodaran (2004), nos mostra que a maior exposição da Coca-Cola no resto do mundo irá aumentar a dispersão dos seus retornos esperados (aumento do desvio-padrão), este aumento irá provocar uma maior incerteza na carteira. A dupla de ativos Coca-Cola/Texas Utilities sinaliza o mesmo retorno esperado para a composição 60%/40%, porém, o novo desvio-padrão da carteira subiu em função do aumento do risco da Coca-Cola. O aumento no risco da carteira foi menos que o proporcional ao aumento do desvio-padrão da Coca-Cola (17,72% contra 45%), em função da melhora do coeficiente de correlação linear (caiu de 0,28 para 0,20). Para a carteira de menor desvio-padrão, o retorno esperado da carteira caiu, enquanto o desvio-padrão aumentou. A queda do retorno esperado da carteira deve-se ao aumento da participação da ação da Texas. O aumento do risco da carteira foi decorrência, também, da maior dispersão nos retornos esperados da Coca-Cola. |
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