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Há dois motivos pelos quais a diversificação reduz ou elimina o risco específico de um ativo. O primeiro é que cada investimento em uma carteira diversificada (com muitos ativos diferentes) constitui um percentual muito pequeno daquela carteira do que se a carteira não fosse diversificada. Por exemplo, se o nosso dinheiro estivesse todo aplicado em ações da Embraer, qualquer problema sério nessa empresa iria afetar em cheio o retorno do nosso investimento. Agora, se a Embraer fosse um dos cinqüenta ativos diferentes do nosso portfólio (carteira) e, com uma participação não muito expressiva, um problema de retorno com a Embraer poderia ser compensado pelos demais integrantes da carteira. O segundo motivo é que os eventos que representam riscos específicos de um ativo podem ser negativamente relacionados com os riscos específicos de outros ativos que compõem a carteira. Assim, em carteiras muito diversificadas, o risco específico tenderá a zero e não afetará o valor da carteira. Portanto, o retorno esperado de um ativo com risco depende apenas do risco sistemático desse ativo. Como o risco diversificável pode ser eliminado pela diversificação, não existe qualquer recompensa por assumi-lo. O mercado não recompensa riscos desnecessários. Segundo Ross, Westerfield e Jordan (2000), existe um corolário óbvio deste princípio: independentemente de quanto risco total (valor do desvio-padrão) um ativo tenha, apenas a porção de risco sistemático é relevante para determinar o retorno esperado (e o prêmio por risco) desse ativo. |
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