Segundo Damodaran (2007) embora o modelo de Gordon seja uma abordagem simples e poderosa para avaliar ações, o seu uso é limitado a empresas com taxa de crescimento estável. Vale ter em mente duas percepções ao estimar uma taxa de crescimento estável.

Primeiro, como a taxa de crescimento dos dividendos de uma empresa tem a expectativa de durar para sempre, pode-se esperar que os seus outros indicadores operacionais (incluindo receitas e lucros) cresçam à mesma taxa. A segunda questão refere-se a qual taxa de crescimento é razoável como uma taxa de crescimento estável. Essa taxa de crescimento deve ser inferior ou igual à taxa de crescimento da economia em que a empresa atua.

Em resumo, o modelo de Gordon é mais adequado a empresas com taxa de crescimento comparável ou inferior à da economia e que possuam políticas bem estabelecidas de pagamento de dividendos, que pretendam manter no futuro. O pagamento de dividendos deve ser consistente com a premissa de estabilidade, já que empresas estáveis geralmente pagam dividendos substanciais. Esse modelo subestimará principalmente o valor de ações de empresas que pagam consistentemente menos dividendos do que podem e acumulam caixa nesse processo.



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