• Projetos mutuamente excludentes - são os que possuem a mesma função e, por isso, competem entre si. Se um projeto for levado adiante, o outro deve ser rejeitado. Por exemplo, imagine uma empresa interessada em operar com uma nova linha de produção, a saber: exportação de calçados femininos para os Estados Unidos. Supondo-se que a empresa possa escolher entre:

    a) colocar a unidade em operação, comprando os equipamentos e treinando os seus funcionários;

    b) pura e simplesmente, adquirindo uma empresa que já esteja operando nesse mercado.

    Assim, aceitar uma opção implicaria em rejeitar a outra.

  • Fundos ilimitados versus racionamento de capital - Segundo Gitman (2004), a disponibilidade de fundos para dispêndios de capital afeta o ambiente decisório da empresa. Se a empresa possuir fundos ilimitados para investimento, é muito simples tomar decisões sobre aplicações de capital. Todos os projetos independentes que fornecem retornos superiores a um nível predeterminado poderiam ser aceitos. A maioria das empresas não se encontra nessa situação; ao contrário, opera sob racionamento de capital. Isso quer dizer que as empresas dispõem de quantia fixa para fins de dispêndio de capital e que inúmeros projetos irão competir por essa quantia limitada. A empresa deve, então, racionar seus fundos, alocando-os aos projetos que irão maximizar o valor das suas ações.
    Segundo Damodaran (2004) o racionamento de capital acontece quando uma empresa é incapaz de investir em projetos que obtenham retornos maiores que as taxas de corte. Empresas podem enfrentar restrições de capital porque não têm capital em mãos ou lhes falta capacidade para levantar o capital necessário para financiar esses projetos.
  • Abordagem de aceitar-rejeitar versus abordagem de classificação - Segundo Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2002), a abordagem de aceitar-rejeitar é uma das formas de classificação usualmente aplicadas, quando os fundos são ilimitados. Consiste em simples aprovação ou rejeição das propostas. Já a abordagem de classificação implica classificar os projetos conforme algum índice, como a taxa interna de retorno, que permite que sejam definidos parâmetros para a escolha do melhor projeto. Segundo Gitman (2004) somente os projetos aceitáveis deveriam ser classificados. A classificação é útil para selecionar o “melhor” de um grupo de projetos mutuamente excludentes e a avaliação de projetos, para levar em conta a existência de racionamento de capital.


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