A
respeito dessa complexidade, Rita
Prates publicou, em outubro de 2002, dados de uma pesquisa
em que compara:
- a forma como as
empresas de todo o mundo abordam as fusões e aquisições
e
- como o sucesso
das transações criou valor para os acionistas.
Os resultados revelam que cerca de:
- 70%
das fusões e aquisições internacionais
não produziram qualquer benefício econômico
para os acionistas;
- 31%
das transações chegaram a reduzir valor para os
acionistas.
A pesquisa
apurou que a principal razão para o fracasso consistiu
nas diferenças culturais existentes entre os intervenientes
das operações.
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Para ilustrar como
as diferenças culturais podem inviabilizar um projeto comum, Rita
Prates exemplifica com o caso do projeto Super Chip, que ocorreu em 1994,
entre IBM, SIEMENS e TOSHIBA.
As razões apontadas
para o fracasso desse projeto foram:
- os alemães
não entendiam que os japoneses, durante as reuniões, adormecessem
ao discutir-se um assunto que não lhes dizia respeito;
- os americanos queixavam-se
de que os alemães planejavam muito e que os japoneses gostavam
de rever as ideias constantemente, não chegando a conclusões
claras e,
- aos japoneses,
espantava-lhes o fato de terem de trabalhar confinados a pequenos escritórios
individuais, em vez de trabalharem em grandes salas conjuntas, como
estavam acostumados.
O resultado não
podia ser outro: depois de um ano, os três grupos se separaram.
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