:revolução industrial Revolução industrial refere-se ao conjunto de transformações técnicas (surgimento da máquina de fiar, da máquina a vapor, entre outras) que ocorreu na Europa entre os séculos XVIII e XIX. A Revolução Industrial provocou desenvolvimento urbano. Houve grande inchaço nas cidades, famílias inteiras deixavam o campo e foram para as cidades trabalhar nas fábricas de tear etc. :produtividade Produtividade é uma relação entre esforço e resultado. Quanto maior o resultado em relação ao esforço, maior a produtividade; logo, maior a eficiência. :desenvolvimento Desenvolvimento é o processo de aumento da renda per capita, pela combinação sistemática e racional dos fatores de produção. Com essa combinação objetiva-se aumentar o aproveitamento dos fatores de produção e a obtenção de maior resultado para um dado esforço. :Max Weber Nasceu na Alemanha em 1864 e morreu em 1920. É considerado um dos fundadores da sociologia e criou uma escola do pensamento sociológico: a sociologia compreensiva. Foi pioneiro no estudo científico das organizações modernas. Entre suas principais obras estão: A ética protestante e o espírito do capitalismo, Economia e Sociedade. :exércitos Na antiguidade, na Idade Média no começo da Idade Moderna, os exércitos regulares constituíam exceção. Os grupos armados privados, em que os soldados possuíam as armas, constituíam a regra. Só a partir do século XVII, os Estados europeus organizaram exércitos permanentes que, pouco a pouco, se profissionalizaram e burocratizaram. O primeiro exército, com fortes características burocráticas, foi o de Frederico II, da Prússia, no século XVIII. No Brasil, o Exército regular só se organizou, em termos definitivos, substituindo a Guarda Nacional, dominada por famílias poderosas locais, a partir da Guerra do Paraguai. :nepotismo Historicamente significa a autoridade que os sobrinhos e outros parentes do Papa exerciam na administração eclesiástica; atualmente, refere-se à utilização de cargos por parte de políticos poderosos da estrutura do Estado, para empregar membros de sua família. :Precisão A precisão decorre de que cada membro da organização sabe perfeitamente quais as suas funções, o que lhe cabe e o que não lhe cabe fazer, quais os objetivos de sua atividade em particular e da organização como um todo. :Rapidez A rapidez refere-se à tramitação das ordens segue canais já previamente conhecidos e definidos. :Univocidade Univocidade refere-se à unidade de comando. Cada subordinado presta contas a apenas um chefe, de forma que não há conflitos de ordens. :Caráter oficial Caráter oficial é a qualidade peculiar, revestida de autoridade formal e oficialmente. As comunicações internas são geralmente escritas e assinadas, ganhando caráter oficial. :Continuidade Continuidade refere-se ao fato que, devido à sua impessoalidade, a organização não depende de pessoas para funcionar. Quando, por qualquer motivo (morte, aposentadoria, demissão) alguém se afasta de cargo da mais alta importância para organização, tal pessoa será imediatamente substituída e a burocracia continuará a funcionar normalmente. :Discrição A discrição, o segredo profissional, faz parte da ética do administrador; as informações de ordem confidencial contidas em documentos podem perfeitamente ter tramitação restringida a apenas aqueles que delas devam tomar conhecimento. :Uniformidade Uniformidade é o comportamento, relativamente padronizado, que se espera dos funcionários, dada a precisão com que seus encargos são definidos. :Redução de fricções Há redução de fricções porque as áreas de autoridade e responsabilidade são definidas com clareza. :Redução de custos A redução de custos, materiais e pessoais, é realmente a conseqüência geral de todas as vantagens enumeradas. É a forma pela qual se efetiva a maior eficiência da organização. :pressão por maior eficiência A pressão por maior eficiência começou na Europa e nos Estados Unidos em fins do século XVIII e, principalmente, no século XIX. No Brasil, só veio a ocorrer neste século. Mas, então, foi redobrada, com o surgimento de nova preocupação correlata — a do desenvolvimento econômico — que, a partir do fim da 2a Grande Guerra, transformou-se num dos objetivos principais de quase todos os povos do mundo. Ora, sabemos que o desenvolvimento econômico de um país é função direta da eficiência com que produz. Cresceu, pois, a pressão por maior eficiência. :Por exemplo O grupo de assessores técnicos da usina norte-americana era constituído de 420 funcionários, contra 43 da empresa alemã. A correlação entre os equipamentos modernos e o número de administradores não é considerada acidental pelos dois autores. Maior complexidade tecnológica implica em aumento das atividades administrativas e, conseqüentemente, maior grau de burocratização. O resultado será, naturalmente, maior eficiência. No caso das duas usinas de aço, a produção da norte-americana era duas vezes maior que a da alemã. :grandes sistemas oligopolistas Oligopólio é a estrutura de mercado que se caracteriza pela existência de número reduzido de produtores e vendedores de mercadorias que substituem entre si. É o sistema de interdependência económica de produção e preços. Assim, os poucos produtores e vendedores têm poder para fixar preços, lucros e o controle da maior parcela do mercado. A globalização se presta à formação de grandes sistemas oligopolistas ou de dominação do mercado, em suas diferentes áreas. :divisão do trabalho Divisão do trabalho consiste no estabelecimento de poder e responsabilidades de comunicação, que não sejam casuais ou estabelecidas pela tradição, mas planejadas intencionalmente, a fim de intensificar a realização de objetivos específicos. :divisão do trabalho Divisão do trabalho consiste no estabelecimento de poder e responsabilidades de comunicação, que não sejam casuais ou estabelecidas pela tradição, mas planejadas intencionalmente, a fim de intensificar a realização de objetivos específicos. :presença de um ou mais centros de poder Pessoas pouco satisfatórias podem ser substituídas em suas tarefas. A organização também pode recombinar seu pessoal, através de transferência e promoções. :substituição do pessoal Os centros de poder controlam os esforços combinados da organização e os dirigem para seus objetivos; esses centros de poder precisam, também, reexaminar continuamente a realização da organização ou quando necessário, reordenar sua estrutura, a fim de aumentar sua eficiência. :dominação Dominação é considerada, por Weber, a probabilidade de encontrar obediência às ordens. Ou seja, a dominação pressupõe a crença, portanto, é legítima. Aqueles que seguem as ordens o fazem porque acreditam nelas e não apenas se sentem são coagidos à obediência. :carisma Esse termo foi usado anteriormente, com sentido religioso, significando dom gratuito de Deus, graça. O batismo confere o carisma; o dom da sabedoria que Cristo deu aos apóstolos é tipo de carisma. :especialista Especialistas são homens treinados para exercer diferentes funções criadas pelo processo de divisão do trabalho que, geralmente, devem ter diploma e/ou experiência para poder ocupar o cargo. :organização Organizações são unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos; sua razão de ser é servir a esses objetivos. Todavia, depois de formadas, as organizações adquirem necessidades que, às vezes, se apoderam da organização. :por exemplo Um objetivo do diretor pode ser a obtenção da maior parte do capital; do departamento financeiro pode ser o equilíbrio do orçamento; o dos empregados, o aumento de salário. Mesmo assim, todos podem considerar o lucro como o objetivo da organização. Podem escolher o lucro porque acreditam que é esse o meio de satisfazer os objetivos pessoais ou departamentais, ou porque acreditam que uma empresa particular deve obter lucros. Em qualquer dos casos, tais objetivos não podem ser confundidos com os da organização. :sobrevivência De acordo com a definição original de Hammer e Champy, a reengenharia é a implementação de mudanças radicais que, ao redesenhar os processos de trabalho, visam melhorar, de forma drástica, a eficácia da empresa, em todos os seus aspectos tais como custos, qualidade, serviço e velocidade. A Reengenharia está focada nos processos de grande amplitude, dentro de uma empresa, principalmente nos processos que atravessam várias áreas funcionais. :qualidade total Qualidade Total refere-se ao estado ótimo de eficiência e eficácia na ação de todos os elementos que constituem uma Empresa. :proporções consideráveis O mundo organizacional domina a vida moderna. No entanto, as principais organizações, que se aproximam mais do modelo de organização racional, são as empresas e os Estados. É interessante observar que tanto as empresas quanto os Estados vivem processo intenso de reformas. Não é objetivo neste curso discutir as reformas do Estado; tampouco os malefícios que uma proposta de Estado mínimo acarreta para o povo brasileiro. No entanto, é importante chamar a atenção para uma correspondência entre as mudanças atualmente visíveis no mundo das empresas e às que sacodem os Estados com suas reformas, também conhecidas como “reformas neoliberais”. Apenas como contribuição para reflexões, é importante destacar que as reformas neoliberais buscam dotar o Estado de um tipo de racionalidade própria aos mercados, desfazendo, assim, as diferenças históricas entre a esfera do mercado (privado) e a do Estado (público). Recomenda-se a leitura dos livros de Bresser Pereira, principal teórico brasileiro da Reforma do Estado, principalmente sua obra “Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial”, Editora: FGV, 2001. Para um contraponto a esta visão visitar o site da Fundação Perseu Abramo oferecem um contraponto à visão dos que defendem as reformas de caráter neoliberal no Estado. :Exemplo No dia 3 de dezembro de 1984, os executivos da Union Carbide descobriram que a sua fábrica de pesticidas em Bhopal, Índia, havia liberado uma nuvem tóxica e provocara o pior acidente isolado da história industrial, com danos para o meio ambiente e para saúde coletiva irreparáveis. O desastre matou mais de três mil pessoas e feriu outras duzentas mil. As decisões tiveram que ser tomadas instantaneamente, em vez de seguir os costumeiros processos tortuosos. : o programa Manhattan Programa Manhattan- programa para a construção da bomba atômica (EUA, anos 1940), Apollo (EUA, 1960), Trem Bala (Japão, 1960), Concorde (França e Inglaterra, 1970) e muitos outros. :Estados Unidos Com a ascensão dos Estados Unidos ao status de superpotência, o Departamento de Defesa passou a desempenhar papel fundamental no desenvolvimento tecnológico, definindo campos de pesquisa, financiando e comprando os produtos da indústria. São exemplos de tecnologias surgidas dessas iniciativas os primeiros computadores e reatores nucleares, satélites integrados, avião a jato, máquinas-ferramenta de controle numérico, etc. No entanto, a economia norte-americana transformou-se em “setor protegido”, que trabalha basicamente para o governo, e “setor exposto” à concorrência internacional. Essa dicotomia tem dificultado a resposta dos EUA aos desafios de outros países. :Europa O grande desafio para os países europeus nos anos 1950, 1960 e 1970 do Século XX era fechar o “hiato tecnolóçico’ em relação aos EUA e, mais recentemente, ao Japão. A estratégia foi proteger os mercados de alta tecnologia e escolher ”campeões nacionais’ em cada setor para, provê-los com generosos fundos públicos para pesquisa e desenvolvimento. O hiato foi, em grande medida superada, nos setores onde o próprio Governo é o maior consumidor, como transporte, comunicações, energia. O mesmo não ocorreu na eletrônica de consumo, informática e outros, onde há forte concorrência internacional. O modelo europeu concentrou o saber técnico em estruturas pouco flexíveis; por isso, o processo de ajustamento à crise foi mais traumático que em outros lugares, com os níveis mais altos de desemprego. :Japão O Japão não chegou a adotar programas de tecnologia própria, na mesma extensão que europeus e norte-americanos, antes de meados da década de 1970. Com o impacto brutal da guerra, foi considerado em desenvolvimento até a primeira metade dos anos 1960. Seu principal objetivo era a consolidação da indústria, para o que se valeu intensamente de tecnologia importada. Tornou-se mesmo um “clichê” afirmar que o Japão fundava seu sucesso industrial na cópia das tecnologias do ocidente. O órgão de difusão já era o Ministry of International Trade and Industrv (MITI), criado em 1925, desativado em 1943 e reconstituído após a guerra. A essência da estratégia era captar tecnologia externa e difundi-la na indústria japonesa. A preocupação maior com a difusão permitiu ao Japão antecipar-se ao que seriam as políticas de inovação na década de 1980 e constitui um dos elementos do enorme salto do país, nos setores de alta tecnologia, durante o período de crise. :exemplos O creme dental que se utiliza todos os dias. Pode notar-se, que, nos últimos anos várias inovações foram incorporadas ao produto: a tampa fixa, tubos mais flexíveis, produto novo na sua composição. Como outro exemplo temos as caixas de leite que passaram a ter lacre de alumínio e abertura superior para o líquido sair, diminuindo o desperdício e os riscos de contaminação, em relação aos saquinhos de leite. :exemplo O nylon ou o polietileno, que se situa na origem de um vasto leque de inovações marginais. :teoria schumpeteriana A teoria schumpeteriana refere-se às “forças criadoras da destruição” e justificam a expressão mudança de “paradigma tecnológico” ou de “sistema técnico”. :OCDE A OCDE - Desde o início, envolveu-se nesse processo. Em 1956, foi criado o Comitê de Política Cientifica - posteriormente também tecnológica - objetivando realizar estudos e ajudar os países membros a definirem políticas para o setor. Patrocinaram-se pesquisas sobre as diferenças tecnológicas na Europa. Freeman inspirou a própria OCDE, no campo das pesquisas sobre inovação; conduziu estudos a pedido da mesma organização e certamente teve influência no estabelecimento da Diretoria de Ciência, Tecnologia e Indústria, em 1974, para realizar gestão mais integrada das três áreas. Paralelamente fundou o Science Policy Research Unit (SPRU), na Universidade de Sussex, Reino Unido, onde foram retomados os estudos schumpeterianos de forma intensa. Surgiram novas questões sobre o processo de inovação, as crises e o funcionamento do capitalismo em geral surgiram. :1 Novo enfoque 1 - É somente a partir da crise dos anos 70 que se começa, na Europa a retirar lições dos limites das políticas científicas. Movendo-se do domínio da ciência ao território mais vasto da inovação, a ação governamental reagiu à evolução econômica marcada, desde aquela crise, pelo papel crescente da inovação competitividade industrial e nas trocas internacionais. Cada vez mais, o continuum do sistema de pesquisas foi orientado pelas consequências da crise (desemprego, reestruturação industrial, concorrência dos novos países industrializados etc) e pelas transformações introduzidas pela revolução das novas tecnologias no sistema de produção e de consumo. Ao modelo americano substituiu o modelo japonês, caracterizado por um conjunto de medidas convergentes e de longo prazo, abrangendo a educação, a pesquisa, a indústria e o comércio exterior, para assegurar e sustentar o dinamismo das empresas no plano mundial. :2 Novo enfoque 2 - No período precedente, preocupava-se antes de tudo em integrar a pesquisa fundamental no conjunto do sistema de pesquisa. Doravante, busca-se integrar as atividades científicas e tecnológicas no conjunto da economia. No período precedente, a questão era saber se o Estado, deveria ter papel na pesquisa fundamental. Hoje a pergunta é em quais condições e até onde pode ir o Estado no estímulo à inovação técnica. Assim, os critérios de uma política científica se modificaram profundamente. Até então, o Estado se preocupava essencialmente em suscitar e desenvolver a capacidade técnica de um pais, em lançar grandes programas de desenvolvimento tecnológico prioritários, por motivos ligados essencialmente à defesa e ao prestígio nacional. A política científica, portanto, tinha por objetivo principal criar as bases cientificas e técnicas do crescimento económico, acreditando-se, ou quase, que esta última decorria automaticamente da primeira e que as empresas deveriam transformar as pesquisas científicas em produtos novos. :destruição criadora O que Schumpeter acreditava ser a essência do capitalismo. Busca-se fazer ressurgir ou surgir, não apenas nas empresas, mas no campo da educação dos serviços públicos da pesquisA universitária, quem sabe mesmo da cultura, o “empresário inovador” schumpeteriano. :encubadeiras de empresas Este método compreende medidas de natureza fiscal, logística e pedagógica para incentivar professores ou alunos universitários a tornarem-se empresários e transformar em novas mercadorias os resultados dos laboratórios. Tais indivíduos permanecem, na maioria das vezes, vinculados às instituições de origem. As empresas são, em geral estabelecidas próximas às universidades e formam as chamadas cidades científicas ou tecnópolis. :exemplo Não consistia tanto em inventar mecanismo automático para estirar e torcer o algodão em fio contínuo, mas em ensinar os homens a desfazerem-se de seus hábitos de trabalho desordenados e a identificarem-se com a regularidade invariável da automatização complexa. Promulgar e pôr em vigor um código eficaz de disciplina industrial, apropriado às necessidades da grande produção. Essa foi a principal tarefa de Arkwright. :operário Vale a pena ver o filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin. Nesse filme, pode-se notar como o operário tem que ajustar todos, seus movimentos e tempos ao da máquina, transformando-se numa peça a mais. :Brasil O início da industrialização no Brasil levanta a mesma questão colocada anteriormente para os países industrializados da Europa, América do Norte e Ásia: a formação de um contingente de trabalhadores preparados para a indústria, no sentido de desempenhar com sucesso as tarefas que lhes são designadas. A força de trabalho, composta, então, por imigrantes estrangeiros, precisava ser substituída por mão-de-obra local; principalmente porque a primeira trazia o ideário anarco-sindicalista de seus países de origem. Um dos importantes instrumentos para o disciplinamento da força de trabalho foi o IDORT -Instituto de Organização Racional do Trabalho, foi criado em 1931 por grupo de empresários nacionais, que introduziu, no País, os princípios da Administração Científica de Taylor. Estudos recentes constatam a mudança do modelo de maior controle da mão-de-obra - coincidente com o período de repressão social da década de 60 e, posteriormente, com o período da reação do movimento sindical das décadas de 70 e 80 - para modelo de delegação de poderes. Isso, na medida em que o País se insere no mercado internacional globalizado, no qual essa é uma das regras para melhoria da qualidade exigida pela introdução de novas formas de gestão do trabalho. :Taylorismo O taylorismo, combinado à utilização intensiva de maquinaria, dá ênfase à eliminação da autonomia dos produtores diretos e do tempo ocioso, como forma de se assegurar aumentos na produtividade do trabalho. Ao longo do século XIX, intensificaram-se as tentativas para reduzir o domínio operário e aquilo que os empresários denominavam a “anarquia da produção”. Taylor analisou essas experiências, completando-as com sistemático estudo sobre os tempos e movimentos utilizando, pela primeira vez, detalhadas planilhas e cronômetro. Os resultados foram publicados em 1903 e em 1911 (Principles of scientific management), alcançando grande sucesso. :fordista Apesar do significativo desempenho, o fordismo teve dificuldades em difundir-se. Mesmo nos Estados Unidos, mas, principalmente, na Europa, em razão da resistência dos trabalhadores ao sistema de produção baseado no trabalho rotinizado e fragmentado. Por outro lado, cabe esclarecer que a universalização do fordismo não se verificou, enquanto modelo acabado, mesmo nos Estados Unidos. A negociação fordista de salários estava confinada a certos setores da economia em que o crescimento estável da demanda podia ser acompanhado por investimentos de larga escala na tecnologia de produção em massa. :Círculos de Controle de Qualidade Círculo de controle de qualidade consisteem grupo voluntário e permanente de pessoas de mesmo setor de uma organização que recebem treinamento objetivando a prática do controle de qualidade dentro deste setor, como parte das atividades do Total Quality Control. Segundo Ishikawa, K.: " As idéias básicas por trás das atividades de um CCQ são: - criação de um ambiente de trabalho feliz, no qual haja respeito à natureza do ser humano e possibilite sua satisfação; - desenvolvimento das infinitas possibilidades da capacidade mental humana e viabilização de sua aplicação; - contribuição para o melhoramento e desenvolvimento da organização" e - Não existe TQC sem CCQ. Não existe CCQ sem TQC." :Qualidade Total O termo Qualidade Total representa a busca da satisfação, não só do cliente, mas de todos os "stakeholders" (entidades significativas na existência da empresa) e também da excelência organizacional da empresa. :Controle Estatístico de Processo Controle Estatístico Do Processo é a expressão utilizada para significar o uso de técnicas estatísticas para auxiliar no controle da qualidade de processos. :sistema produtivo do Japão Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão obteve importantes desempenho no seu comércio exterior, ao longo da década de 1970, antecipando a crise que o padrão de desenvolvimento capitalista baseado ainda em gestões tayloristas/fordista experimentava no Ocidente. Transformou-se para o mundo capitalista. Para muitos, o modelo japonês tornou-se a referência absoluta; nenhuma grande empresa pensava em outra coisa a não ser em fazer como o Japão. Todos queriam saber os segredos do sucesso das empresas japonesas. :just-in-time O sistema just-in-time - Técnicas de comunicação que articulam as seqüências produtivas, garantindo maior organicidade e equalização dos tempos entre as equipes, com destaque para o kanba;, assegurar desburocratização e ganhos de produtividade nas tarefas de gestão. :japonização Sentido mais amplo e implicaria a disseminação de princípios e atitudes afetos à cultura e às relações industriais. :toyotismo Ficando a associada a um “modelo de administração” - ligada mais diretamente a técnicas celebrizadas pela empresa Toyota. :‘Terceira Itália” Dentre as Regiões que a compõem destacam-se Vêneto, Toscana, Marcas e Emilia-Romagna. Essa última costuma receber a mais detida atenção de boa parte dos estudos e, em alguns casos, é considerada como o fenômeno de interesse por excelência. Mesmo considerando-se o bom desempenho da Itália desde a década de 1970, os estudos destacam, como fatores dinâmicos, experiências localizadas, justificando por conseguinte sua descrição, dentro da Itália, como zonas de industrialização difusa, áreas especializadas ou distritos industriais. :Organização na forma de distrito industrial É a organização baseada em divisão do trabalho acentuada e na especialização de pequenas firmas, que mantêm vínculos de cooperação e competição, sem subordinação a grandes empresas. A legislação italiana distingue empresas artesanais e empresas industriais, estabelecendo critérios para o registro em cada categoria e política diferenciada, que contribui para viabilizar as primeiras, na prática, as menores. :Qualificação da força de trabalho Cuja tradição em atividades artesanais lhes dava capacitacão técnica elevada, ao lado de disposição para a atividade empresarial ligada às tradições pequeno-burguesas. :Relações de trabalho flexíveis Relações como recurso a contratos temporários; jornadas em tempo parcial e circulação da força de trabalho entre a condição de assalariamento e de auto-emprego ou inatividade, bem como entre o setor agrícola e o setor industrial. Nota-se que há um dualismo do mercado de trabalho; contrasta a realidade de firmas em que a negociação capital-trabalho é constante e marcada por poucos conflitos ao daquele segmento onde prolifera o “trabalho negro” - evasão de encargos sociais, remuneração abaixo da fixada em acordos nacionais e condições de trabalho precárias. Pode-se, então, sugerir que há movimentação considerável entre esses dois segmentos, sobretudo em momentos de aumento da demanda. :Exemplos Entre os exemplos mais relevantes - Tem-se, na Emília, a ERVET e, em âmbito nacional, a CNA (Confederação Nacional do Artesanato), é a maior associação de negócios da Itália. São mais de 340 mil firmas artesanais membros, 7 mil trabalhadores e 2,3 mil escritórios. Organiza-se em federações, que representam 27 setores da economia. Classificam-se tais instituições como um misto de associação, comércio e agência governamental; indicando, que as firmas desejam registrar-se como artesanais, sobretudo para poderem contar com os centros de serviços ligados a essas entidades, os quais provêm apoio à contabilidade, organização de cooperativas financeiras, assistência na instalação de novas plantas produtivas, marketing, informação tecnológica e treinamento, formação de cooperativas para controle de qualidade, rnarketing para exportação e outros. :Kalmar A partir de 1974, ocorreu a primeira experiência considerada pioneira, no que se refere inovações na organização do trabalho: 1º, na arquitetura do prédio e 2º, na reorganização do processo produtivo. Primeiro: A arquitetura do prédio sofreu reformas, para facilitar o trabalho em equipes, no sistema de transporte de peças. Os veículos automatizados foram planejados para substituir a tradicional linha de montagem. A preocupação principal era a de melhorar as condições de trabalho, com soluções ergonométricas sofisticadas e democratizar o local de trabalho, com o incentivo à autonomia e à intervenção dos trabalhadores no processo produtivo. Segundo: a reorganização do processo de trabalho apontou soluções para livrar o trabalhador do ritmo mecânico da máquina, proceder à reintegração de tarefas fragmentadas e criar as bases para o trabalho em equipe (características, de fato, muito próximas ao modelo japonês). :Por exemplo Tempos ociosos foram eliminados; houve maior controle do supervisor; definiram-se os objetivos estritos de qualidade. :Edward Deming Edward Deming- Estatístico norte-americano e um dos fundadores (1946) da Americart Society for Quality Control. :Deming e Juran Deming e Juran - Juntamente com o engenheiro japonês Ishikawa, foram os que mais influenciaram os japoneses na formulacão do modelo Total Quality Control (TQC), ao introduzirem os princípios sobre Qualidade Total no Japão, a partir dos anos 1950, na tentativa de auxiliar a recuperação da indústria daquele país. A idéia central era de que a indústria japonesa deveria competir internacionalmente na base da qualidade ao contrário do baixo custo, utilizando-se instrumentos o controle de processo estatístico, a melhoria permanente - KAIZEN - e a concentração no processo; não apenas nos resultados. :KAIZEN Kaizen significa melhoramento. Mais ainda, Kaizen significa contínuo melhoramento, envolvendo todos, inclusive gerentes e operários. A filosofia do Kaizen afirma que o nosso modo de vida - seja no trabalho, na sociedade ou em casa - merece ser constantemente melhorado. :qualidade Qualidade significa queda nos custos, em razão da eliminação dos fatores que encarecem a produção, ou seja, defeitos/desperdícios e re-trabalho. O controle do desperdício seria de responsabilidade de todos os empregados - durante todo o processo produtivo - e não exclusivamente de um departamento. :gestão participativa De maneira abrangente, administração participativa é uma filosofia ou doutrina que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar decisões sobre diversos aspectos da administração das organizações. A participação das pessoas envolvidas nos diversos níveis de decisão contribui para aumentar a qualidade das decisões e da administração, em como a satisfação e a motivação das pessoas. :Exemplo Por exemplo - A situação dos concorrentes, para otimização de resultados tendo-se em vista, sobretudo, a lucratividade - o que nem sempre está em consonância com os princípios participativos. :estrito Os meios de trabalho em sentido estrito são as coisas ou conjunto de coisas que o trabalhador interpõe diretamente entre ele e o objeto sobre o qual trabalha (matéria bruta ou prima). Servem de intermediários entre o trabalhador e o objeto sobre o qual trabalha. Exemplos: a serra e o martelo em uma pequena indústria de móveis; a máquina de costura em uma indústria de confecções; a pá mecânica na extração de minérios. :amplo Os meios de trabalho em sentido amplo compreendem, além dos já assinalados, todas as condições materiais que, sem intervir diretamente no processo de transformação, são indispensáveis à realização deste. Exemplos: o terreno, as oficinas, as vias, os canais, as obras de irrigação e assim por diante. :Max “A história de toda sociedade até nossos dias é a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de ofício e companheiro, numa palavra: opressores e oprimidos, se encontraram sempre em constante oposição, travaram uma luta sem trégua, ora disfarçada, ora aberta, que terminava sempre por uma transformação revolucionária de toda a sociedade, ou então pela ruína das diversas classes em luta.” (Manifesto Comunista) :Depoimento 1 "A ênfase na organização hoje é conseguir mais resultados com menos recursos, e mais rápido. Se hoje vendo x a um custo 100, amanhã tenho de vender 2x pelos mesmos 100. Minhas metas não são negociáveis. Quando tudo dá certo, o reconhecimento que recebo do chefe é só um: “Sabia que você conseguiria: qual a próxima meta?” Há três anos não tiro férias. Tenho milhas acumuladas na companhia aérea que não consigo usar. Minha válvula de escape é ter um plano B e um plano C: sou sócio de duas empresas menores e sinto que meus melhores momentos ainda estão por vir.” :Depoimento 2 “Tenho sido obrigada a gastar mais de 40% do tempo com questões que não agregam valor. A empresa se perde na obsessão por cortar custos a qualquer preço ou no jogo político cada vez mais intenso no primeiro escalão. Se você fica trancado ali, começa a fazer parte da doença sem perceber. Aos poucos, deixa de questionar e se passa a fazer o básico, para evitar o desgaste. Hoje fico bem mais atenta as oportunidades fora da empresa.” :Depoimento 3 “Quatro anos atrás, a matriz checava muito pouco o que fazíamos por aqui. Hoje há mais controle e menos autonomia. As demandas de reestruturação não param de surgir. Os ganhos são cada vez mais atrelados aos resultados, diante de metas mais duras e de um mercado recessivo. Alguns níveis executivos foram cortados. Na estrutura anterior; eu seria diretor. Tenho um bom salário, benefícios, e sou visto como um dos talentos da empresa Ótimo. Mas me pergunto: Quanto tempo agüento ficar?" :Sensação de desajuste de tempo Sensação de desajuste de tempo. “A conversa sobre a qualidade de vida se transformou numa questão para os executivos: todos falam mais sobre ela, mas ninguém sabe como resolver o problema”, diz Betania. Os profissionais ouvidos na pesquisa trabalham em média 11 horas e meia por dia, 68% trabalham regularmente nos fins de semana e 60% afirmam que a tecnologia da informação (leia-se rede interna, celulares, laptops) mais atrapalha do que ajuda, pois os toma “alcançáveis” a qualquer momento. Para essas pessoas, não existem mais períodos de pico no trabalho, mas um ritmo acelerado incorporado ao dia-a-dia.. :Sensação de desajuste da competência Sensação de desajuste da competência. Por mais preparado que seja e por mais que se dedique ao trabalho, o executivo não tem certeza de que esteja conseguindo apresentar tudo o que é esperado dele nem de que seja tão competente quanto o mercado exige. Viver com a espada da competência na cabeça gera um estresse absurdo. Quem consegue dar conta do recado é premiado... com metas ainda mais agressivas. :Desajuste da afinidade e do orgulho Desajuste da afinidade e do orgulho. “É quando as pessoas questionam: ‘Eu gosto desta empresa? Será que me identifico com os valores, a cultura e o processo decisório desta organização?’”, diz Betania. É claro que perguntas como essas sempre foram feitas. Mas hoje elas são mais freqüentes. :