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| 1 - Organizações na vida moderna A Sociologia, segundo Turner (2000), é o estudo do comportamento social por meio de análise das interações e das organizações humanas. Para o autor, todos nós, em certa medida, temos um olhar sociológico quando analisamos nosso comportamento e nossas experiências interpessoais. A sociologia é um empreendimento fascinante já que seu objeto de estudo é nosso próprio comportamento como seres sociais (GIDDENS, 2005). O sociólogo se distingue por ter teoria e método para “pensar” a sociedade no plano analítico e da intervenção. É por isso que Turner (2000, p. 2) anuncia que “o objetivo da sociologia é tornar essas compreensões cotidianas mais sistemáticas e precisas, à medida que suas percepções vão além de nossas experiências pessoais”. Uma vez que a Sociologia diz respeito às nossas vidas e ao nosso próprio comportamento é comum encontrar abordagens diferentes sobre o mesmo tema, porque os sociólogos frequentemente discutem entre si sobre como abordar o estudo do comportamento humano e sobre como os resultados das pesquisas podem ser interpretados (GIDDENS, 2005). A Sociologia surgiu em um momento de profundas mudanças sociais associadas ao declínio do feudalismo, período de Revolução Industrial e Revolução Francesa, processos acelerados de urbanização em diversos países e contexto intelectual, conhecido como Iluminismo, em que a ciência e o pensamento laico sobre as questões físicas, biológicas e sociais tinham ambiente para prosperar. Atualmente a Sociologia é um campo amplo que estuda os símbolos culturais que os indivíduos criam e usam para interagir nos seus grupos sociais e na sociedade, analisa as estruturas sociais que compõem a vida social, examina os processos sociais, tais como crime, conflitos, migrações, movimentos sociais e busca compreender as transformações que esses processos provocam na estrutura social (TURNER, 2000). A disciplina Sociologia das Organizações aborda um dos campos de elaboração teórica e empírica dentro da Sociologia que é a Organização. Vamos estudar então uma das principais esferas da vida social que é a esfera do trabalho. A vida de cada pessoa está inserida em organizações que coordenam os trabalhos, estudo, interesses e reivindicações.
Nos últimos duzentos anos, o mundo passou por um processo de transformação radical. A revolução industrial acelerou o ritmo das mudanças, tanto no mundo produtivo quanto nas relações sociais, de forma geral. Quando se compara o mundo industrial moderno com o de dois ou três séculos, verifica-se que os elementos, inexistentes ou de pouca importância, ganharam grande destaque. Atualmente, as organizações adotam o sistema social predominante nas sociedades. Antes da Revolução Industrial, as organizações sociais dominantes eram as famílias, a tribo, o clã, o feudo, a pequena empresa familiar de caráter agrário, artesanal ou eventualmente comercial. As sociedades industriais são diferentes de qualquer tipo de ordem social anterior e seu desenvolvimento gerou consequências que ultrapassam e muito as suas fronteiras originais na sociedade europeia. Isso porque as sociedades industriais promoveram transformações: mudaram as famílias, as formas de produção de bens e de relação com o trabalho, os modos de vida se tornaram mais urbanos, as organizações políticas, por exemplo, se alteraram com a tendência de organização dos Estados-Nações.
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