| 3. Não há proprietário de cargo - O administrador burocrático não possui os meios de administração e produção. Ele administra em nome de terceiros: em nome dos cidadãos - quando se trata de administrar o Estado -, em nome dos acionistas - quando se trata de administrar uma sociedade anônima -, em nome dos sócios, dos crentes, dos contribuintes etc. O empresário, que é proprietário da empresa, que a fundou ou desenvolveu por meio de processo arrojado de inovação, não é administrador burocrático. As figuras do administrador e do empresário só se confundirão se a ação inovadora for realizada por administrador que não possua os meios de produção. Fica-se então, diante do administrador profissional-empresário, figura comum atualmente nos países socialistas (Cuba, China, Coreia do Norte) e nos países capitalistas adiantados, especialmente nos Estados Unidos.
4. Fidelidade ao cargo - O administrador burocrático desenvolve espírito de fidelidade ao cargo, segundo a expressão usada por Max Weber. É o que modernamente é chamado de processo de identificação do funcionário com a empresa. Essa identificação é impessoal. O administrador não se identifica com o chefe, o proprietário, o senhor, mas com os objetivos da organização. Na medida em que ele não é empregado particular dessas pessoas, mas um membro da organização, é com ela que se identifica. O eclesiástico identifica-se com os objetivos de sua Igreja. O administrador privado adota os objetivos de sua empresa. |
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