As mudanças não estão gerando ou aprofundando a desumanização, à medida que cada casa, cada escritório, cada computador passa a ser universo dos indivíduos que, muitas vezes, ficam horas a fio diante da telinha, empobrecendo sua capacidade de relacionar-se?

Os cubículos não se transferiram das empresas para dentro de nós mesmos?

Todos os sociólogos das organizações chamam a atenção para o processo de individualização que tais mudanças estão gerando e para a necessidade de se pensar e prever os desdobramentos que podem gerar. Por certo e muitas vezes revolucionárias mudanças no mundo organizacional têm desdobramentos múltiplos, positivos e negativos.

No entanto, uma coisa é certa: o modelo “cubículo/canais” não consegue mais se sustentar. É fácil reclassificar ou separar a informação estocada num computador, até copiar um arquivo em novo diretório; pessoas e orçamentos refletem o plano, qualquer tentativa de reprojetar a estrutura provoca explosivas lutas pelo poder.


Quanto mais depressa ocorrem as alterações no mundo exterior, maior a tensão imposta à estrutura básica da burocracia e maior a fricção e a luta interna.


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