Como o ambiente empresarial de hoje está em convulsões provocadas pela surpresa, perturbações, reversões e turbulência generalizada, é impossível saber com precisão e antecedência quem, numa organização, irá precisar de que tipo de informações.

Em consequência, a informação de que precisam os executivos e os empregados para fazer bem o seu trabalho, com inovação e qualidade, não pode chegar aos gerentes da linha de frente e aos empregados pelos velhos canais oficiais.

Isso explica por que milhões de empregados inteligentes, que trabalham com afinco, descobrem que não podem executar suas tarefas, não podem abrir novos mercados, criar produtos, projetar tecnologia melhor, tratar de forma mais adequada os fregueses, ou aumentar os lucros, a não ser burlando as regras, rompendo com procedimentos formais. Quantos empregados, hoje, precisam fechar os olhos para violações de procedimentos formais e, dessa forma, conseguirem que suas tarefas sejam realizadas?

Assim, a informação começa a transbordar dos canais formais para as redes informais, sistemas de mexericos e fontes de informações confidenciais, que as burocracias procuram abafar. Simultaneamente, empresas gastam bilhões para construir alternativas eletrônicas para as velhas estruturas de comunicações. Mas tudo isso requer enormes alterações na organização de fato, na maneira pela qual as pessoas são classificadas e agrupadas.

Por todas essas razões, é gigantesca e irresistível a reestruturação empresarial. Especialistas e administradores verão seu poder ameaçadoà medida que perdem o controle de seus cubículos e canais. Quando alteram as relações entre o conhecimento e a produção, abalam-se as fundações da vida econômica e política.

É por isso que se está à beira do maior deslocamento de poder na história da atividade econômica. E os primeiros sinais disso já estão evidentes nas organizações de novo estilo, que surgem rapidamente à nossa volta. Podemos chamá-las de as “firmas flexíveis” do futuro.



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