Já no final do século XVIII, os economistas clássicos, em particular Adam Smith, estavam perfeitamente conscientes da conexão entre avanços científicos e progresso técnico na indústria. Karl Marx enfatizou o papel da inovação na elevação da taxa de lucro e na concorrência intercapitalista. Nesse caso, a inovação que ainda não tivesse se generalizado permitiria uma posição privilegiada de uma empresa com relação às demais.

Schumpeter foi o primeiro autor a chamar a atenção sobre a distinção entre invenção e inovação.


A inovação não possui, por si só, o aspecto econômico; ela é a descoberta de um princípio que enriquece o conhecimento, mas pode continuar confinada nessa esfera sem jamais servir a outro fim. A atividade que leva à criação de uma inovação, que pode ou não resultar na introdução e comercialização de novo produto ou processo, supõe uma série de etapas. Esse processo, chamado atividade de Pesquisa e Desenvolvimento, é, tradicionalmente, representado pelo esquema.



Invenção
. Tem aplicação econômica e como principal característica a criação de uma função de produção nova, por meio do emprego de recursos de maneira até então inusitada, sendo, essencialmente, induzida pela busca do lucro.

Essa é, no entanto, uma trajetória linear, em que a pesquisa fundamental aparece como possibilidade de lançamento de uma inovação. Na realidade, cada uma dessas etapas possui autonomia relativa; suas relações são interativas. A pesquisa fundamental, por exemplo, vai, muitas vezes, além de suas possibilidades de aplicação, que, por sua vez, dependem de avanços verificados nas etapas “posteriores” (desenvolvimento de instrumentos científicos, por exemplo). Além disso, a introdução de inovação obedece à lógica econômica por sua própria natureza.



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